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Política

Partidos médios iniciam movimento para eleição e alguns já definem candidatos

Mayara Bueno | 18/01/2016 12:11
Câmara Municipal; em 2016, Campo Grande escolhe vereadores e prefeito. (Foto Arquivo).
Câmara Municipal; em 2016, Campo Grande escolhe vereadores e prefeito. (Foto Arquivo).

O ano é de eleição municipal e, embora o pleito seja só em outubro, os partidos médios, em termos de representatividade nas casas legislativas de Campo Grande e Mato Grosso do Sul, começam a se movimentar e traçar estratégias, depois de um ano no qual grandes legendas, como PMDB e PT, foram alvos de escândalos em âmbito municipal, estadual e federal.

Todos os partidos questionados dizem acreditar que a eleição deste ano será diferente, especialmente, pelos recentes escândalos envolvendo a classe política. Alguns políticos dizem que o pleito será mais concorrido, com pelo menos seis candidatos, e que terão um desafio maior para conquistar o eleitor, “que não acredita mais na classe política”.

Neste sentido, mesmo com bastante prazo para definição de candidatura, o PSB bateu o martelo e afirmou Ricardo Ayache como pré-candidato a Prefeitura de Campo Grande. A confirmação é da presidente da sigla, a deputada federal Tereza Cristina, que também teve seu nome cogitado para concorrer as eleições de 2016. Ayache, por sua vez, migrou recentemente para o PSB, depois de ter sido candidato ao Senado pelo PT, nas eleições de 2014, e ter tido uma votação expressiva na ocasião.

Na eleição passada, o partido também ganhou o atual único representante na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual José Carlos Barbosa. Ele, inclusive, desponta como pré-candidato à prefeitura de Dourados. Sobre isso, ele diz afirmar que o partido está discutindo o projeto por lá.

Já o PT do B encara uma situação complicada, uma vez que de dois representantes na Assembleia Legislativa que o partido mantinha até o fim do ano passado, atualmente, a sigla não tem mais bancada. Isto porque, Mara Caseiro (agora, no PMB), deixou o PT do B no fim de 2015. O deputado Márcio Fernandes ainda não saiu do partido, mas já anunciou que deixará a sigla e, possivelmente, deve migrar para o PMDB. “Tivemos perdas muito grandes. Então este ano será decisivo para o partido”, afirma o vereador Otávio Trad (PT do B).

Para ele, ou a sigla pensa pequeno e “cairá no esquecimento” ou pensa grande, buscando ampliar a bancada no legislativo municipal – hoje, com três vereadores - e tentar lançar candidatura própria, com nomes como o Coronel Davi e o vice-presidente da Câmara Municipal, o vereador Flávio Cesar, acrescenta o presidente Morivaldo Firmino de Oliveira. “Estamos buscando novos filiados também, para lançar uma boa chapa na proporcional e candidatura própria na majoritária”.

O foco do PDT, por sua vez, está mais voltado para a formação de uma chapa de vereadores, "para o partido não cometer o mesmo erro de 2012", afirma o presidente municipal, Wilson Fernandes. Isto porque, naquele pleito, somente um vereador foi eleito - Paulo Pedra, que tornou-se secretário municipal de Governo. O titular ainda teve o mandato de parlamentar cassado em uma ação de compra de votos. Sem nenhum representante na Casa de Leis, o PDT está mais preocupado com a questão do que com uma possível candidatura à Prefeitura. "Vamos analisar isso em segundo momento e depois de conversar com o diretório estadual".

O PPS, que conta com uma vereadora, mas nenhum deputado estadual, é outro partido que afirma foco na apresentação de uma “chapa forte de parlamentares na Câmara Municipal”, diz a vereadora Luiza Ribeiro (PPS). A parlamentar afirma que o partido está buscando ampliar e pensa em lançar candidatos na área da educação, urbanismo e cultura.

De acordo com o presidente Carlos Lacerda, o PSD tem como meta, e garante trabalhar por isso, ampliar “razoavelmente” a quantidade de prefeitos do partido em Mato Grosso do Sul. Com o comando de duas administrações municipais, a sigla quer conseguir “pelo menos 10 prefeituras”.

A meta inclui Campo Grande. Neste caso, Lacerda afirma que aguarda a promulgação da janela partidária, que dá a oportunidade do parlamentar trocar de partido sem perder o mandato. Nesta situação, está o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), que, uma vez ingressando no PSD, “com certeza será candidato a prefeito”, garante o presidente. Desde o ano passado, o parlamentar afirma que concorrerá a vaga de chefe do Paço Municipal, mas não pelo PMDB, seu atual partido.

“Estamos fazendo contato com vários municípios. A expectativa é fazer um grande ato em março com a presença, se possível, de Gilberto Kassab ou do presidente nacional, Guilherme Campos”. Se Trad migrar para o PSD – o que depende da promulgação da janela, afirma – a Assembleia Legislativa ganhará o primeiro representante na atual legislatura.

Embora o PP não tenha representante na Assembleia Legislativa, e apenas um vereador, a legenda detém a Prefeitura de Campo Grande, com o prefeito Alcides Bernal. Questionado, ele afirma que o partido terá candidato próprio, mas não confirma se será ele mesmo que tentará ocupar a chefia do Executivo Municipal por mais quatro anos.

Não foram encontrados - A reportagem do Campo Grande News tentou contato com o presidente municipal do PR, deputado estadual Paulo Correa, mas não conseguiu resposta. O parlamentar apontava Edson Giroto como certo para disputa deste ano, isso antes da deflagração da Operação Lama Asfáltica, na qual Giroto é investigado - e chegou a ser preso - por possível envolvimento em esquema que causou prejuízo de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos. Ele chegou a ser destituído da presidência estadual da legenda.

O presidente estadual do PPS, Athyde Nery, atual secretário da Sectei (Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação), foi procurado, via telefone, mas não até atendeu as ligações até o fechamento deste texto.

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