Partidos querem renovar lideranças nos municípios para 2020
Intenção é começar o planejamento já neste primeiro semestre, com novas filiações e mudanças nos diretórios
Depois da eleição de 2018, os partidos começam a se reunir neste começo do ano, para propor renovação de lideranças tanto na Capital, como no interior, de olho em 2020. Primeiro querem definir os diretórios municipais, para depois focar que nomes podem ser indicados tanto na disputa pelas prefeituras, como ao legislativo municipal.
No caso do PSDB, o assunto em pauta é a definição dos diretórios municipais, que vão ocorrer em março, além da disputa dentro do comando estadual, que está entre os deputados federais, Beto Pereira e Rose Modesto. “A nossa atuação nos municípios foi ótima, com 36 prefeitos eleitos, mas precisamos manter e até ampliar este número em 2020”, disse Rinaldo Modesto (PSDB).
Na Capital, os tucanos não conseguiram a prefeitura, no entanto elegeram a maior bancada da Câmara Municipal, com seis vereadores. Além disto, está no comando da mesa diretora, com João Rocha (PSDB), que foi reeleito como presidente da Casa de Leis.
Já o MDB estuda mudar a direção estadual, saindo o ex-governador André Puccinelli, e entrando o deputado Renato Câmara (MDB). A mudança tem o apoio de Eduardo Rocha e da senadora Simone Tebet, e vai ser colocada em pauta, em reunião que vai ocorrer neste mês. O objetivo é que com esta renovação, possam focar as ações nos municípios, com novas filiações.
“O foco precisa ser levantar lideranças no interior, para fortalecer o partido na eleição de 2020, deixando o palanque da eleição estadual, a prioridade precisa mudar”, disse Câmara. Para Capital, lideranças do MDB já colocaram alguns nomes em pauta, como da senadora Simone Tebet, e do deputado Márcio Fernandes. No primeiro caso, teria que convencer a senadora, que desistiu da disputa estadual em 2018.
Mobilização - Com resultado abaixo do esperado, ao reduzir pela metade a sua bancada estadual e federal, a direção do PT já fez sua primeira reunião em fevereiro, onde colocou como meta organizar a legenda no interior, e tentar ressurgir na Capital, pensando nas eleições municipais.
“O partido precisa voltar a crescer, mobilizar a militância e começar a pensar no futuro, para ampliar o número de prefeitos e vereadores”, disse o deputado Cabo Almi (PT).
Os petistas não conseguiram eleger nenhum prefeito em 2016 e concorreram apenas em sete cidades, entre elas Campo Grande, onde ficou na 6° colocação, com o ex-vereador Marcos Alex, que até já deixou a legenda. Houve rumores de uma possível saída do ex-governador Zeca do PT da direção da legenda, no entanto ele negou a possibilidade.
Organização - Outros partidos também pretendem se organizar, já neste primeiro semestre, pensando na eleição de 2020. A intenção é cobrar as direções para começar as mobilizações. “Vou entrar em contato com a direção estadual, para saber como vamos tratar a eleição municipal nos principais municípios”, disse o deputado EvanderVendramini (PP). O seu partido continua sob o comando do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).
Já José Carlos Barbosa (DEM) lembra que sua legenda cresceu na última eleição, com dois deputados estaduais eleitos, dois ministros na gestão de Jair Bolsonaro (PSL), além do vice-governador Murilo Zauith (DEM). “Tá na hora de começar a planejar 2020. A legenda cresceu no Estado e precisa alçar voos maiores, temos que ter este foco”, disse o parlamentar, que já adiantou interesse em concorrer à prefeitura de Dourados.
