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Política

Pesquisas viram arma para conquistar eleitor indeciso na reta final

Ludyney Moura | 26/09/2014 16:48
Delcídio afirma que resultado de pesquisa não altera rotina de reta final da campanha (Foto: Divulgação)
Delcídio afirma que resultado de pesquisa não altera rotina de reta final da campanha (Foto: Divulgação)
Reinaldo Azambuja afirma que resultado que vale é do dia 5 de outubro (Foto: Divulgação/Alexandre C.  Mota)
Reinaldo Azambuja afirma que resultado que vale é do dia 5 de outubro (Foto: Divulgação/Alexandre C. Mota)
Já Nelsinho Trad questiona resultado de pesquisa e afirma que estará no 2º turno das eleições (Foto: Divulgação/Mazão Ramires)
Já Nelsinho Trad questiona resultado de pesquisa e afirma que estará no 2º turno das eleições (Foto: Divulgação/Mazão Ramires)

As últimas pesquisa divulgados pelos institutos Ibope, Ibrape e Ipems que indicaram possibilidade de decisão logo no 1º turno das eleições deste ano, foram recebidas com diferentes opiniões pelos candidatos ao Governo do Estado. Para especialistas, ela ainda pode influenciar o eleitor indeciso.

Para o sociólogo Paulo Cabral, a surpresa nas pesquisas é a possibilidade de um 2º turno. O Ibope apontou Delcídio do Amaral (PT), com 42% da intenção de votos, seguido por Reinaldo Azambuja (PSDB), com 23% e Nelsinho Trad (PMDB), com 16%. Enquanto o Ibrape deu 44% para o petista, 22% para o tucano e 18% para o peemedebista.

“Me parece que o surpreendente foi possibilidade da eleição não terminar no 1º turno, já que a candidatura do Delcídio está sendo gestada há algum tempo, há pelo menos 12 anos”, disse Cabral, que explica que pesquisas são suficientes para orientar o a escolha do eleitor que encara o pleito como um “jogo”, e que não quer “perder” seu voto.

A vantagem apresentada pelo Ibope parece não ter empolgado o petista. “Vamos permanecer nas ruas, mobilizados, apresentando propostas, visitando os bairros da Capital e o interior do Estado, olhando no olho do eleitor e pedindo voto, para ampliar ainda mais a vantagem e liquidar a fatura em 5 de outubro”, disse Delcídio.

Já o segundo colocado, Reinaldo Azambuja, questionou o índice de confiança do Ibope, que segundo ele o prejudicou nas eleições de 2012, quando disputou o cargo de prefeito da Capital. Para o tucano, “a pesquisa que realmente vale é a do dia da eleição, quando a população é de fato consultada”, pontua.

Com uma linha de raciocínio semelhante, Nelsinho Trad, que aparece em terceiro na pesquisa, afirmou que o resultado não reflete o “sentimento” que ele tem visto nas ruas. O peemedebista prometeu manter a mesma estratégia de campanha, que segundo ele tem gerado engajamento do eleitorado. “Tenho convicção de que vou estar no 2º turno”, declarou.

Para o sociólogo, o eleitor só deve prestar atenção às pesquisas divulgadas a pelo menos 15 dias das eleições. “Porque se estiver acontecendo algum tipo de manipulação isso precisa ser corrigido nestas duas últimas semanas, sob pena de os institutos perderem credibilidade. E se seus números não corresponderem à realidade ninguém os levará em conta”, explica.

Apesar da importância que candidatos e eleitores dão às pesquisas de opinião, Paulo Cabral faz um aviso ao eleitor sul-mato-grossense. “Pesquisas lamentavelmente tem sido manipuladas de um modo geral, por todos, tanto no plano federal quanto no local”, finaliza.

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