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Política

Plano para enfrentar mudanças climáticas em Campo Grande é debatido na Câmara

Plano Municipal de Mitigação e Adaptação para as alterações no clima

Por Kamila Alcântara | 09/05/2025 15:56
Plano para enfrentar mudanças climáticas em Campo Grande é debatido na Câmara
Foto aérea dos altos da Avenida Mato Grosso em Campo Grande (Foto: Osmar Veiga)

Projeto de lei que institui o Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima foi tema de audiência pública nesta sexta-feira (9), na Câmara Municipal de Campo Grande. A proposta prevê ações para evitar alagamentos, recuperar áreas degradadas e reduzir emissões de gases do efeito estufa.

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O projeto de lei que institui o Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima foi debatido em audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande. A proposta, que visa ações para evitar alagamentos e reduzir emissões de gases do efeito estufa, ainda passará por reuniões técnicas antes da votação.A vereadora Luiza Ribeiro (PT), autora do projeto, destacou a importância das contribuições recebidas. Pesquisadores e professores apresentaram dados sobre recursos hídricos e preservação ambiental, sugerindo a criação de um Fórum Permanente de Crise Climática. A juíza federal Raquel Domingues do Amaral elogiou a participação dos jovens no debate sobre o futuro ambiental da cidade.

O debate reuniu pesquisadores, professores, estudantes e representantes de secretarias municipais. O texto ainda passará por reuniões técnicas antes de seguir para votação em plenário.

Autora do Projeto de Lei 11.438/24, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) destacou que o texto será aprimorado com as contribuições apresentadas. “Temos estudos e decisões sendo constantemente atualizados. Faremos uma leitura coletiva para adaptar a proposta”, disse.

Durante a audiência, pesquisadores apresentaram dados técnicos sobre recursos hídricos, qualidade do ar, controle de enchentes e preservação de nascentes e córregos. A professora e pesquisadora Maria Helena Andrade, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), sugeriu a criação de um Fórum Permanente de Crise Climática no Legislativo municipal. “A legislação atual não dá conta da proteção real das nascentes. Precisamos ampliar esse conceito”, defendeu.

O professor Ariel Ortiz Gomes, especialista em Tecnologias Ambientais, citou o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) ao reforçar que o enfrentamento precisa ser transversal. “É necessário envolver todas as secretarias. Um exemplo é o transporte público: há metas para reduzir emissões, mas isso exige coordenação”, pontuou.

Já a professora de Direito Ambiental Lívia Gaigher, também da UFMS, chamou atenção para a responsabilidade coletiva. “Campo Grande tem potencial para ser referência em boas práticas. Precisamos rever nossos hábitos de consumo e produção”, afirmou. Ela também falou sobre o assoreamento dos córregos da Capital.

Por fim, a juíza federal Raquel Domingues do Amaral elogiou a participação de jovens no debate. “Estamos falando do nosso futuro, da água, do ar e das florestas. A natureza precisa ser reconhecida como sujeito de direito, inclusive em projetos de lei”, sugeriu.

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