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Política

PMDB aguarda questão jurídica para avaliar impacto político sobre André

Leonardo Rocha | 15/05/2017 12:14
Ex-governador André Puccinelli quando foi colocar a tornozeleira na Agepen (Foto: André Bittar)
Ex-governador André Puccinelli quando foi colocar a tornozeleira na Agepen (Foto: André Bittar)

A direção estadual do PMDB resolveu esperar o desenrolar do processo jurídico contra o ex-governador André Puccinelli, para depois fazer uma avaliação ampla sobre o impacto político causado pela 4° fase da Operação Lama Asfáltica, sobre uma eventual candidatura dele ao governo estadual.

"Não tivemos reunião sobre a questão política ainda, o foco precisa ser o aspecto jurídico neste momento, e o partido vai dar todo o apoio necessário ao André, que vai poder se defender das acusações e provar sua inocência", disse o presidente estadual do PMDB, o deputado Junior Mochi.

Ele alega que ainda é muito cedo para qualquer avaliação e definição política, mas garante que está mantido para 1° de julho, a decisão de Puccinelli, se será candidato ano que vem. "A data está mantida, mas esta avaliação do impacto (político) precisa ser feita com o tempo, se necessário até com pesquisa".

Mochi lembra que quando surgiu a Operação Lama Asfáltica, há dois anos atrás, foi feita uma avaliação política do cenário. "Daquela vez não afetou o André (Puccinelli), tanto que ele chegou este ano como nome forte, além disto o PMDB é um partido consolidado, que não vai se abater com este episódio".

O presidente também relatou ao Campo Grande News que visitou o ex-governador, junto com outras lideranças do partido e que na ocasião, ele alegou inocência. "Se ele diz que é inocente em relação a estas denúncias, nós devemos acreditar e apoiá-lo".

Investigação - O ex-governador André Puccinelli (PMDB) é apontado como um dos beneficiários do esquema criminoso que fraudava licitações e lavava dinheiro. O delegado da Polícia Federal Cleo Mazzotti afirmou que ele garantiu recursos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que depois foram desviados.

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva contra Pucinelli, mas como alternativa foram aplicadas medidas cautelares, como colocação de tornozeleira, proibição de deixar a cidade e fiança de R$ 1 milhão, que o governador não tem como pagar por ter os bens bloqueados, segundo adiantou o advogado do ex-governador, Renê Siufi.

A quarta fase da operação Lama Asfáltica, que investiga prejuízo de R$ 150 milhões aos cofres públicos por fraudes de licitações e lavagem de dinheiro. André Pucinelli prestou depoimento na última quinta-feira (11) e deixou a sede da PF (Polícia Federal) em uma das viaturas para colocar uma tornozeleira eletrônica.

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