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Política

Por “cortesia” e de olho em 2020, políticos marcam presença em convenção do SD

Com próxima eleição barrando coligações para vereador, dirigentes destacam “respeito” a colegas e falam sobre migração partidária

Humberto Marques e Tainá Jara | 26/10/2019 16:12
Claro, Ovando, Miglioli, Epaminondas, Herculano Borges, Lucas de Lima, o presidente municipal do PSDB, João César Mattogrosso e o vereador João Rocha, na convenção do Solidariedade. (Foto: Tainá Jara)
Claro, Ovando, Miglioli, Epaminondas, Herculano Borges, Lucas de Lima, o presidente municipal do PSDB, João César Mattogrosso e o vereador João Rocha, na convenção do Solidariedade. (Foto: Tainá Jara)

Embora a convenção estadual do Solidariedade, realizada na manhã deste sábado (26) no Clube União dos Sargentos, em Campo Grande, visasse ao fortalecimento do partido para 2020, representantes de diferentes partidos compareceram ao local para acompanhar as filiações e anúncios de projetos eleitorais. A cortesia, comum em anos anteriores e que denotava interesse em alianças, conta com um impeditivo a partir de agora: antes cobiçadas, as coligações na disputa proporcional (no ano que vem, para vereador), estão proibidas, tornando cada partido um potencial adversário na corrida por vagas em Câmaras Municipais.

Apesar de barradas no papel, a relação entre partidos ainda é sonhada na eleição majoritária –para prefeito em 2020–, levando a alguns políticos ainda a sonharem com a troca de apoios, ainda que em um sequer ventilado segundo turno. Ou mesmo para marcarem presença para sondarem o ambiente para o caso de uma possível futura filiação. Abertamente, porém, a maioria das falas vai ao encontro da cortesia e retribuição do apoio que os partidos dão às administrações em vigor.

“Vim para prestigiar e dizer que a democracia e a política são vitais para a nossa sociedade”, afirmou a vereadora Cida Amaral (Pros), ao emendar que este ali para prestigiar a posse do colega de Câmara, Epaminondas Neto, no comando do SDD. Cida, que até há alguns meses atrás lutava para preservar o mandato ao deixar o Podemos em direção ao Pros –em caso que deve chegar a Brasília–, descartou observar o cenário de olho em uma migração partidária.

Além do Pros, representantes do PSDB, do PSL e do PP compareceram à convenção do Solidariedade –que apoia tanto o governo estadual do tucano Reinaldo Azambuja como a administração do PSD de Marquinhos Trad em Campo Grande. Presidente da Câmara Municipal, o tucano João Rocha lembrou do longo período nas fileiras do partido para negar qualquer possibilidade de mudança ou mesmo alguma aliança com o SDD, diante da movimentação tucana “que pode inclusive desaguar em uma candidatura própria”.

“É preciso aguardar as decisões do partido para, aí sim, fazer algum tipo de afirmação”, prosseguiu Rocha, segundo quem “política se faz com entendimento e diálogo” e que, naquele momento, estava ali “prestigiando um partido que está pensando a cidade. Mas não significa que já vai ter coligação”.

Linha semelhante foi adotada pelo deputado estadual Gerson Claro, do Progressistas –o antigo PP, que recentemente viu Evander Vendramini assumiu o comando estadual do partido em substituição ao ex-prefeito Alcides Bernal. “A presença aqui é para valorizar a pluralidade política e a possibilidade de outros partidos também chegarem ao poder com alguma proposta”, afirmou.

Calma – Dentro de um partido onde há uma crise instituída, o deputado Luiz Ovando (PSL) admite a possibilidade de migração, desde que não haja um entendimento em seu atual endereço partidário. “A possibilidade de mudança de partido existe porque precisamos nos exercitar politicamente. Isso está acontecendo aqui no Solidariedade”, afirmou, negando que tenha interesse imediato na desfiliação.

“Não existe um partido específico. Existem vários convites mas, naturalmente, não se pode sair de uma situação e ir para outra com a mesma dificuldade”, emendou, reiterando aguardar os desdobramentos da tensão no PSL antes de tomar alguma medida –que deve ter em vista, ainda, o risco de perda de mandato.

Também presente ao encontro, o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB) foi outro a negar a possibilidade de deixar o ninho tucano. “Não existe essa discussão de sair so PSDB”, disse, estendendo a posição à irmão, a deputada federal tucana Rose Modesto –que ventila disputar o Paço Municipal– e prevendo que, até 2020, “ainda vai ter muito W.O. Sempre tivemos vários nomes na disputa em Campo Grande, e a coisa mais rara que aconteceu aqui foi alguém ganhar no primeiro turno. Além disso, quando se acha que está tudo resolvido, ainda tem muita água para rolar”.

Filiado neste sábado ao Solidariedade, o ex-secretário estadual de Infraestrutura Marcelo Miglioli falou sobre seus projetos para 2020, inclusive como possível pré-candidato a prefeito, mas fez referência ao “respeito” que disse ter pelo MDB e ao ex-governador e ex-prefeito de Campo Grande, André Puccinelli, presidente estadual do partido. A reportagem não encontrou lideranças emedebistas no evento.

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