ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 23º

Política

Por maioria, Supremo aceita julgar pedido para evitar prisão de Lula

Aceitação de habeas corpus preventivo na Corte se deu pelo placar de 7 votos a 4, STF ainda vai votar mérito do pedido que tenta evitar a prisão do ex-presidente assim que tribunal de segunda instância concluir julgamento na segunda-feira

Humberto Marques | 22/03/2018 17:26
Decisão no plenário do Supremo foi, por maioria, pela aceitação do pedido para julgar habeas corpus. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Decisão no plenário do Supremo foi, por maioria, pela aceitação do pedido para julgar habeas corpus. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Por 7 votos a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta quinta-feira (22) julgar o habeas corpus preventivo pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, caso seja acatado, vai impedir que ele seja preso após a conclusão de julgamento em segunda instância, no qual já foi condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção passiva –acusado de receber vantagens da construtora OAS, no caso, um triplex no Guarujá (SP).

Em janeiro, a 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre (RS), condenou Lula à prisão em regime fechado, prevendo ainda a execução da pena assim que todos os recursos cabíveis na ação naquela Corte fossem apreciados –o último deles será apreciado na segunda-feira (26).

A defesa de Lula, então, recorreu ao STF pedindo que a prisão, se concretizada, só ocorra quando não houver possibilidade de recurso em nenhuma instância da Justiça –ou seja, quando transitar em julgado. Antes, já havia tido o pedido rejeitado no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O julgamento nesta tarde do Supremo não representa, desta forma, a concessão do habeas corpus preventivo evitando a prisão, e sim se cabe à Corte analisar tal pedido. Em 2016, a própria Corte entendeu que a pena pode começar a ser cumprida após a condenação em segunda instância –nos Tribunais de Justiça, na seara estadual, ou nos TRFs, na Justiça Federal.

Os votos – Relator, o ministro Edson Fachin, negou liminar solicitada pela defesa do ex-presidente e decidiu levar o caso ao plenário. Ele foi o primeiro a se posicionar contra a admissibilidade do habes corpus. Também foram contra os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux e a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, última a votar.

Já a dissidência, que foi maioria, envolveu os ministros Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e o decano da Corte, Celso de Melo.

Com essa manifestação, a Corte agora deve avaliar o mérito do pedido do ex-presidente. Antes, porém, os ministros vão decidir se o caso será apreciado ainda nesta quinta-feira.

Nos siga no Google Notícias