Por votar contra cassação, Dagoberto entra em lista suja
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) entrou em uma lista da organização não-governamental Transparênica Brasil como um dos quatro parlamentares que respondem a processo judicial e que votaram contra a cassação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).
A votação do parecer do relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que recomendava a cassação,
foi realizada na quarta-feira.
O parlamentar paulista recebeu 10 votos a favor. Destes, quatro são de deputados que têm ocorrência na Justiça, punição em Tribunal de Contas ou estão em débito com a Previdência Social, conforme levantamento do site Transparência Brasil.
O deputado federal por São Paulo é acusado pela PF (Polícia Federal) de participar de esquema de desvio de verbas do BNDES.
Dagoberto Nogueira é citado por ação de improbidade administrativa pela Justiça do Mato Grosso do Sul, que o considerou responsável por contrato entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e a empresa AGS Segurança, por meio do qual a secretaria adquiriu um aparelho que permitia comunicação direta de alguns estabelecimentos comerciais privados com a Polícia.
O Tribunal de Contas do Estado o condenou a pagar multa de 1,8 mil Uferms e ressarcir aos cofres públicos a quantia de R$ 20,2 mil, em virtude de irregularidades na gestão do Detran-MS.
Ele é ainda acusado pelo Ministério Público Estadual de uso da máquina pública para autopromoção, quando secretário de Justiça do estado e candidato à prefeitura de Campo Grande.
O deputado foi condenado a reparar os danos patrimoniais e morais causados à administração pública estadual, mediante o ressarcimento integral do prejuízo consistente nos gastos com a publicidade da chamada Lei Seca.