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Política

PPS processa vereador Mário Cesar por infidelidade partidária

Ítalo Milhomem | 29/03/2011 09:18
Vereador Mário Cesar (PPS) processado por infidelidade partidária (Foto: Arquivo)
Vereador Mário Cesar (PPS) processado por infidelidade partidária (Foto: Arquivo)
Vereador Athayde Nery (PPS) presidente regional do partido (Foto: Arquivo)
Vereador Athayde Nery (PPS) presidente regional do partido (Foto: Arquivo)

O diretório regional do PPS (Partido Popular Socialista) se reuniu para discutir e iniciar as comissões processantes contra membros do partido, que fizeram campanha para candidatos de outros partidos na última eleição realizada em 2010.

De acordo com presidente regional do partido, o vereador Athayde Nery, entre os “infiéis” está o também vereador da Capital, Mário Cesar, que fez campanha para candidatos a deputado estadual e federal de outros partidos.

A reportagem do Campo Grande News apurou que Mário Cesar teria feito campanha para o deputado estadual eleito, Carlos Marun (PMDB) e para Edson Girotto (PR), candidato a deputado federal também eleito no último pleito.

Nery que foi candidato a deputado estadual, não conseguiu se reeleger e aponta que vários dirigentes, prefeitos e vereadores serão investigados e se forem comprovadas as infidelidades após todo o trâmite, eles serão afastados do partido ou até mesmo expulsos.

“Se eles quiserem ficar, têm que respeitar o partido” afirmou Nery.

Athayde se diz constrangido sendo candidato e tendo o vereador Mario Cesar do mesmo partido na Capital fazendo campanha para outras legendas. “Democracia tem que ter regra” afirmou o vereador socialista.

Defesa - O vereador Mário Cesar (PPS) afirmou que descorda da postura do diretório regional em lhe investigar.

“Eu tenho uma leitura totalmente diferente disso até porque como vereador fui convocado na convenção a apoiar o Serra, (PSDB) Puccinelli (PMDB), Murilo (DEM) e Moka (PMDB). Dentro do meu partido fui procurado pelo Sergio Almeida, coordenador da campanha do Elano para deputado federal, o Diogo Tita, porque ele em ajudou em 2008 para vereador e a Agda, que foi candidata a deputada estadual em Campo Grande. Ninguém mais me procurou e eu tenho essa leitura da convenção. O próprio Athayde foi beneficiado pela coligação e pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que diz que o voto é da coligação.

Mário Cesar afirma que o presidente regional do partido também fez acordos com candidatos de outros partidos.

“O próprio Athayde tinha acordo com o Mandetta (Deputado Federal), Fabinho Trad (PMDB). Um exemplo. Eu estou em uma reunião de outro partido e representando o partido e peço o voto pela majoritária. Fui nas reuniões que me convidaram, tanto o Tita como da Agda. Se eles entendem o contrário o problema não é mais meu. Inclusive a decisão da nacional que exigiu 30% de transferência de votos de 2008 para 2010 a municipal cumpriu . O problema é pessoal porque não conseguiram eleger o Athayde deputado por incompetência deles.

Investigações- De acordo com presidente regional do PPS, os vereadores e do prefeito de Rio Verde também estão sendo processados. Mesmo tendo várias pessoas com cargos políticos no município, a votação foi muito aquém do esperado, mostrando que eles não fizeram campanha para os candidatos do PPS.

São 17 diretórios municipais, sendo analisados e que podem sofrer intervenção e ter a diretoria dissolvida, além de 28 filiados entre vereadores, dirigentes e prefeitos do partido que serão investigados. A orientação de “caça aos infiéis” é da coordenação nacional do partido como preparação para eleições municipais de 2012.

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