Prefeito de Água Clara reassume cargo após denúncia de propina
Afastado do cargo por decisão judicial, Silas José da Silva (PSDB) voltou a assumir a prefeitura de Água Clara, a 198 km de Campo Grande. Ele estava fora do posto desde 17 de julho, quando o Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio da Polícia Militar, realizou operação no município. Silas é acusado de pagar propina a dois vereadores para atender interesses próprios.
De acordo com o site Hoje Mais, ele obteve autorização da Justiça e voltou ontem ao comando do Poder Executivo. O retorno teve passeata, fogos e discurso: “Ou nos aceitem ou se mudem da cidade”, declarou Silas.
Neste sábado, ele deu entrevista na rádio Amizade FM e disse que na segunda-feira vai reunir os vereadores aliados para anunciar plano de governo para os próximos meses. “Pelo amor de Deus, me deixem trabalhar”, declarou.
As investigações começaram após denúncia de que Silas José da Silva teria pago propina a dois vereadores para aprovar a lei de orçamento do município. Um dos vereadores, Marcelo Batista de Araújo (PSC), conhecido como Marcelo Carvoeiro, gravou o pagamento de propina.
Conforme o Gaeco, ele devolveu R$ 18 mil que teriam sido repassados pelo prefeito Silas. O dinheiro teria sido entregue aos vereadores nos meses de abril, maio e junho. O próprio chefe do Executivo fez o pagamento em abril e junho.
A Câmara de Água Clara conta com 9 vereadores e o prefeito tinha o apoio de cinco. Para aprovar o orçamento, ele precisava de mais 2 votos. Segundo o Gaeco, Silas José da Silva não quis prestar depoimento, alegando que vai se manifestar somente na justiça. A reportagem não conseguiu contato com o prefeito nem com seu advogado.
