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Política

Prefeito reclama de herança em Aquidauana: “não havia governo”

Fabiano Arruda | 12/01/2013 12:48
"O caixa estava zerado", diz prefeito José Henrique Trindade. (Foto: Pantanal News)
"O caixa estava zerado", diz prefeito José Henrique Trindade. (Foto: Pantanal News)

Empossado prefeito de Aquidauana após a cassação de registro de candidatura de Fauzi Suleiman (PMDB), vencedor da disputa em outubro, o prefeito José Henrique Trindade (PDT) reclamou da situação encontrada da administração municipal.

“Não havia governo, nem comando. A cidade está um caos”, declarou o pedetista, neste sábado, reclamando que não houve processo de transição.

Segundo ele, a folha de pagamento dos servidores públicos municipais referente a dezembro não foi paga; o valor chega perto de R$ 2 milhões. “O problema é que quando conseguirmos resolver o pagamento de dezembro não teremos dinheiro para pagar janeiro. O caixa estava zerado”.

As reclamações vão além. Trindade diz que os encargos da folha salarial não eram pagos e que descontos de consignados nos holerites de servidores ocorriam, no entanto, não havia repasse aos bancos.

O novo prefeito de Aquidauana estima que deva levar, ao menos, 90 dias para “colocar a casa em ordem”. Além dos empecilhos financeiros, ele garante que as máquinas da administração municipal estão sucateadas, como ônibus escolares.

Inadimplência com os governos Federal e Estadual, obras inacabadas e convênios com irregularidades são outras reclamações do chefe do Executivo Municipal. “Se você olhar para todas as áreas vai encontrar problemas”, queixou-se. “Mas nós temos de olhar para frente; não há outra saída”.

Por fim, Trindade ainda garante que procurou Fauzi para tratar do processo de transição, no entanto, argumenta que nunca foi recebido.

A reportagem do Campo Grande News também acionou o ex-prefeito de Aquidauana para comentar o assunto, entretanto, não conseguiu contato.

Mais problemas – Além da situação política na Prefeitura, o MPE (Ministério Público Estadual) da comarca de Aquidauana ingressou com ação de investigação judicial eleitoral, no dia 19 do mês passado, contra Fauzi, seu vice, Vanildo Neves Barbosa, além de Paulo Sérgio Goulart, Jorge Cáceres, Carlos Augusto Paim Mendes, Ado Luiz Aramburu e Fernanda Aparecida Alves Marti, por prática de abuso de poder econômico, consistente, dentre outros, na distribuição de combustíveis em benefício da candidatura de Fauzi.

A investigação foi feita pela Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) por meio da operação “Parajás”. Segundo informações, fraudes em licitação, falsificação de notas fiscais, desvio de recursos públicos e doação de refeições a terceiros, são outras acusações.

O Ministério Público pediu a aplicação da pena de inelegibilidade por oito anos e multa a todos os envolvidos, além da cassação do diploma do candidato Fauzi e Vanildo.

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