Prisão de Bolsonaro é perseguição política, dizem aliados de MS
Ex-presidente foi preso preventivamente na manhã deste sábado na Superintendência da PF em Brasília
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliaram a prisão preventiva cumprida na manhã deste sábado como perseguição política. Nas redes sociais, senadores e deputados sul-mato-grossenses ressaltaram o estado frágil e debilitado do ex-presidente e se solidarizaram.
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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal neste sábado (22), após decisão do ministro Alexandre de Moraes. A medida foi tomada depois que o senador Flávio Bolsonaro convocou uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente e houve registro de violação da tornozeleira eletrônica. Aliados de Bolsonaro classificaram a prisão como perseguição política. A senadora Tereza Cristina considerou a medida abusiva, enquanto parlamentares sul-mato-grossenses destacaram o estado de saúde debilitado do ex-presidente e pediram respeito ao devido processo legal.
O PL em Mato Grosso do Sul, presidido pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, lamentou a prisão considerada "precipitada". O partido ainda defendeu a união das lideranças. "Mais do que nunca, é hora de união das lideranças e das bases de centro-direita para permanecerem firmes e vigilantes na defesa da liberdade, da justiça e dos direitos fundamentais de todo cidadão brasileiro".
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Em nota, a senadora Tereza Cristina (PP) lamentou a notícia e classificou a medida como inesperada e abusiva. "Uma sequência de arbitrariedades. Todos sabemos da fragilidade de sua saúde. Minha total solidariedade a ele e sua família", disse. Para ela, a prisão gera instabilidade. "É fundamental que o devido processo legal seja rigorosamente respeitado. O Brasil precisa de segurança institucional; não de mais instabilidade — e de respeito, sempre, aos direitos e garantias constitucionais. Força, presidente Bolsonaro", completou.
Ao Campo Grande News, o senador Nelsinho Trad (PSD) apontou que, na sua avaliação, todos os processos envolvendo Bolsonaro têm excessos. "Foi criminalizado antes da hora da apresentação de todas as provas. Dá para observar um viés de perseguição nessa história", reforça.
Nas redes sociais, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) reforçou que o ex-presidente está debilitado. "Sofre de fortes soluços e refluxos há quase 2 dias", descreveu. Ele classifica a decisão do STF como injusta. "Hoje, em um sábado de manhã, quando o Congresso está desmobilizado e justamente no dia 22, o ministro Alexandre de Moraes desdenha da justiça e traz um peso muito grande para o Brasil. Uma prisão injusta, uma condenação que tirou o devido processo legal e que colocou um homem sério, justo, um homem que se dedicou ao País nas grades por opção ideológica", completou.
Para o deputado federal Marcos Pollon (PL), a prisão preventiva foi considerada uma intimidação. "O Brasil assistiu a um dos atos mais graves da nossa história recente: a prisão de Jair Bolsonaro. Isso não é justiça, é perseguição política, é intimidação, é o início de um regime que tenta calar quem pensa diferente", afirmou nas redes sociais.
Prisão preventiva – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal) na manhã deste sábado (22). O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido da PF após o senador Flávio Bolsonaro (PL) convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, na noite de sexta-feira (21).
Na decisão, Moraes diz que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu". O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) ainda aponta que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a ocorrência de violação da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro na madrugada deste sábado. A medida preventiva não tem relação com a condenação por tentativa de golpe de Estado.
Em setembro, o ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.
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