ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JULHO, SEXTA  04    CAMPO GRANDE 15º

Política

Proibição de uso de celulares em UTIs neonatais tem debate entre deputados

Com pedido de vistas, votação da proposta ficou para a próxima sessão da Assembleia Legislativa

Richelieu de Carlo e Leonardo Rocha | 23/08/2017 12:45
Proibição de uso de celulares em UTIs neonatais tem debate entre deputados
Márcio Fernandes (sentado) e Paulo Siufi conversam após discussão do projeto. (Foto: Victor Chileno/ALMS)

O projeto de lei que proíbe a utilização de aparelhos celulares em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) neonatais no Estado foi alvo de debate na sessão desta quarta-feira (23) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

De autoria do deputado estadual Márcio Fernandes (PMDB), a proposta estava prevista para ser votada definitivamente hoje, entretanto, pedido de vistas por Paulo Siufi (PMDB) adiou o pleito por mais 24 horas.

Siufi utilizou a tribuna da Casa para criticar a proibição a médicos e enfermeiros de manusear o celular em unidades neonatais, pois seria uma forma de "cercear" o trabalho dos mesmos, e atacou a justificativa de que os aparelhos contém bactérias que podem prejudicar os bebês. E citou o biomédico Roberto Figueiredo, o Dr. Bactéria, que seria uma das inspirações para o projeto.

"Até os aparelhos que o médico usa nas UTIs contêm bactéria, então não há por que impedir o celular. Como pediatra entendo que essa é uma forma de inibir o trabalho dos médicos", discursou Siufi. Ele defende que a restrição aos médicos e enfermeiros seja retirada do projeto.

Por sua vez, Márcio Fernandes disse que respeita a opinião do colega, mas que Siufi fazia a defesa dos médicos, enquanto ele defende os interesses das crianças que estão nas UTIs. Ademais, sua proposta foi baseada em pesquisas em universidades do País e do exterior, e citou estudos de instituições em Valência e Barcelona, na Espanha.

Márcio prossegui em sua defesa alegando que seu correligionário citou o "doutor bactéria" para tentar desqualificar a proposta. E que a restrição é ao manuseio do aparelho nas dependências da UTI, não impede que o celular possa entrar no recinto, apenas seu uso deve ser do lado de fora, portanto, não se trata de cerceamento.

"O senhor veio defender a sua classe, eu prefiro defender os bebês que estão nessa situação [internados em UTI] e a população", disparou o autor do projeto.

Siufi retomou a palavra brevemente e disse que também defendia a população, mas que não haveria como o médico se ausentar da UTI para atender ligações devido a natureza do seu trabalho.

Por fim, Siufi pediu vistas do projeto e teve autorização do presidente do Legislativo, deputado Junior Mochi (PMDB), para analisar a proposta por mais 24 horas.

Nos siga no Google Notícias