Questão indígena e saúde ganham destaque em bloco de perguntas entre candidatos
A questão indígena, principalmente as demarcações e situação das aldeias, e a saúde pública de Dourados, com fortes críticas ao governo federal, ocuparam a maior parte do bloco em que os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul fazem perguntas entre si no debate realizado nesta quinta-feira no auditório da reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
O candidato do PSDB Reinaldo Azambuja afirmou que o PT está no governo federal há 12 anos e não conseguiu fazer nenhuma demarcação de terras indígenas. “As aldeias estão abandonadas pelo governo do Estado e o governo federal enquanto na região sul e de fronteira existe risco de um conflito armado entre produtores rurais e índios. Algumas ampliações de aldeias são necessárias, mas que se compre e indenize a terra nua”, afirmou.
O candidato do PSOL Sidney Melo afirmou que falta vontade dos governos em atender a comunidade indígena e informou que dos R$ 27 milhões liberados para atendimento de saúde e saneamento nas aldeias apenas R$ 300 mil foram utilizados e o restante devolvido.
Reinaldo Azambuja também criticou a falta de investimentos em saúde e disse que a região de Dourados sofre com o tratamento desigual dado pelo governo do Estado, que destina R$ 40 milhões por mês a Campo Grande e apenas R$ 1,4 milhão para Dourados, que atende uma população de 800 mil habitantes de 33 municípios.
Professor Monge (PSTU) também falou da questão indígena e acusou o governo do PMDB de incentivar as milícias de fazendeiros a “massacrar” as comunidades indígenas. Também afirmou que faltam políticas para atender os trabalhadores sem-terra que querem produzir.