Relatório com 'dicas de fraude' chega à presidência da Assembleia

Já está na presidência da Assembleia Legislativa o relatório final com o parecer do corregedor da casa, deputado Maurício Picarelli (PSDB), acerca da suposta "dica de fraude" na folha de pontos dos servidores, gravada em conversa entre os deputados Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB). Porém, o documento será analisado somente no retorno dos trabalhos parlamentares, em fevereiro.
"O documento chegou, mas nem tive tempo de olhá-lo. Farei isso no retorno dos trabalhos", explicou ao Campo Grande News o presidente, deputado Júnior Mochi (PMDB). Caberá a ele decidir se arquiva esta denúncia (interna) ou se abre uma comissão disciplinar de quebra de decoro, contra os parlamentares. Os deputados podem receber advertência verbal, até a cassação dos mandatos.
Até então, faltava o parecer da Corregedoria da Assembleia após receber a gravação do MPE-MS (Ministério Público Estadual), sobre a conversa entre os deputados Paulo Corrêa e Felipe Orro. Para o corregedor Picarelli, a gravação é a "prova oficial" contra os deputados, entregue pelo pastor Jairo Fernandes ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele é o dono do celular em que a conversa foi gravada e depois divulgada nas mídias sociais.
Polêmica - Na conversa gravada e divulgada nas redes sociais, Corrêa aconselha Orro a regularizar o ponto dos seus servidores, alertando que existia uma investigação feita pela Rede Globo sobre o assunto, em diversos legislativos estaduais. Ainda sugere ao colega faça um controle dos funcionários do interior, nem que fosse por uma "folha fictícia".
- Leia Também
- Corregedoria recebe gravação do MPE, antes de fechar relatório sobre caso
- Corregedoria promete análise sobre "dica de fraude" antes do recesso
Esta gravação foi feita no celular do pastor Jairo Fernandes, que emprestou o aparelho a Felipe Orro retornar a ligação a Corrêa. Ela (gravação) foi divulgada nas redes sociais e se tornou pública, no dia 29 de novembro. Além da investigação interna na Assembleia, existe um inquérito aberto no MPE (Ministério Público Estadual).