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Política

Responsável por "cafezinho" de políticos chega para depor no Gaeco

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 24/09/2015 09:06
Ao lado de advogado de João Amorim e um casal, Elza (no meio) chega para depor no Gaeco (Foto: Marcos Ermínio)
Ao lado de advogado de João Amorim e um casal, Elza (no meio) chega para depor no Gaeco (Foto: Marcos Ermínio)

Após ser convocada duas vezes, a operadora financeira da organização comandada pelo empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral chegou acompanhada de advogados para depor no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ela vai ser ouvida na investigação iniciada com a Operação Coffee Break, que apura a compra de votos de vereadores para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).

Elza chegou acompanhada pelo advogado Benedicto Figueiredo e mais duas pessoas – um homem e uma mulher. Figueiredo é advogado de Amorim, dono da Proteco, que também é investigado na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal. O casal não quis se identificar nem informou se são advogados.

Inicialmente, a operadora financeira do esquema seria ouvida no dia 4 de setembro. No entanto, como está com gravidez de risco, ela apresentou atestado médico e não compareceu. Na manhã de hoje, ela chegou em silêncio e não quis falar com a imprensa.

Sócia de João Amorim, Elza Amaral aparece em várias escutas telefônicas da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica, falando de assuntos de interesse da organização. As interceptações telefônicas foram feitas pela PF com autorização da Justiça Federal. De acordo com as investigações da Lama Asfáltica, ela seria a responsável pelo pagamento de propina e o código usado pelo grupo era “cafezinho”.

No Gaeco Elza Amaral deverá esclarecer justamente sobre os convites para tomar cafezinho com ela na sede da Proteco, empresa de João Amorim. A Operação Lama Asfáltica foi deflagrada no dia 9 de julho pela PF, CGU (Controladoria Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal), para investigar desvio de recursos federais na execução de obras no Estado. Conforme a investigação, a organização de João Amorim fraudava licitações e corrompia servidores estaduais para obter vantagens financeiras.

Como ao longo da investigação a PF interceptou várias ligações em que os alvos conversavam sobre o esquema para a cassação de Bernal. João Amorim já foi ouvido e chegou, inclusive, a ser detido na Operação Coffee Break, ocorrida no dia 25 de agosto deste ano.

O MPE também criou Força Tarefa com oito promotores, para investigar a atuação dessa organização no âmbito estadual, já que muitas obras executadas pelas empresas do grupo também recebiam verbas do Estado.

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