Rose pede reunião com Moro para incluir medidas protetivas às mulheres
A deputada federal foi ao velório da professora Nádia Sol Neves Rondon, morta pelo ex-namorado

Durante o velório da professa Nádia Sol Neves morta pelo ex-namorado, nesta segunda-feira (dia 11), a deputada federal Rose Modesto (PSDB/MS) comentou sobre a comissão de combate a violência contra a mulher no Congresso Federal e que deve se reunir com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para discutir penas mais severas para quem comete feminicídio e outros tipos de violência.
“Queremos endurecer mais ainda [as penas]. Não sabemos exatamente o que vai ser, mas teremos que radicalizar o jogo em relação ao combate contra a mulher assim como o abuso de crianças. São duas mulheres a cada hora, 12 por dia. Até quando?”. A ideia é pedir ao ministro a inclusão de medidas severas no projeto conhecido como anticrime, apresentado pelo governo federal. No texto, há proposta de alterações em 14 leis.
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Só neste ano, afirma, Mato Grosso do Sul registrou 8 mortes. Rose comentou que tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei sobre medida protetiva à mulher e que o ministério da Mulher, em conjunto com o da Justiça, fizeram um termo de cooperação, que prevê, além do botão do pânico com a mulher vítima de violência, uma tornozeleira eletrônica para monitoramento do agressor.
“Aí a central consegue acompanhar se o homem está se aproximando da mulher e se ela sentir qualquer ameaça pode acionar”. Junto com isso, a parlamentar afirma que existe necessidade de endurecer as penas previstas no Código Penal e ampliar ações para prevenir casos como os de Nádia.
“Como a justiça vai ter um olhar depois que acontece o crime, vamos conversar com jurista especialista nesse assunto pra saber como a gente pode avançar dentro desse projeto do Moro”. Ainda não há data para reunião com o ministro.
Rose conhecia Nádia, por isso foi ao velório que ocorre nesta segunda-feira (dia 11). O ex-namorado dela, Edevaldo Costa, 31 anos, matou a vítima com 36 facadas. Em audiência de custódia, que ocorreu hoje, em Corumbá, a Justiça converteu em preventiva a prisão de Edevaldo, assassino confesso da professora. Ele foi levado para o Estabelecimento Penal Masculino do município.