ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Política

Secretário diz à CPI que corte de plantões "veio para melhorar" serviço

Lidiane Kober e Alan Diógenes | 26/05/2015 15:29
Secretário de Saúde em depoimento à CPI das Contas Públicas (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário de Saúde em depoimento à CPI das Contas Públicas (Foto: Marcelo Calazans)

Em depoimento confuso à CPI das Contas Públicas, o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, disse que o corte de plantões nas unidades de saúde da Capital “veio para melhorar” o serviço. Segundo ele, em alguns locais havia “excesso” de profissionais. Além disso, a 50% da demanda seria para atender gente de fora da cidade.

“O corte (de plantões) veio para melhorar, tinha unidade com excesso (de profissionais)”, declarou Jamal para justificar a decisão em questionamento da vereadora Thais Helena (PT). Na sequência, porém, ele admitiu que a medida prejudicou o serviço e ainda culpou o fracasso a demanda que vem do interior.

“50% dos pacientes vem de fora, porque o tratamento é melhor aqui”, afirmou Jamal. “Dessa forma, aumentou a demanda e os cortes (de plantões) geraram prejuízos”, completou. “Mas estamos procurando corrigir”, emendou.

Apesar da necessidade de cortes, Jamal, sem detalhar avanços, reconheceu que o orçamento da saúde aumentou neste ano, em comparação a 2014. Ele ainda disse que, quando assumiu a pasta, previu a crise. Nem por isso, desistiu de abrir o Centro Pediátrico e pagar mais pelos profissionais atuarem no local. “Foi uma necessidade, a cidade precisa de pediatras”, justificou em nova indagação de Thais Helena.

O secretário revelou também que o laboratório municipal tem “R$ 300 mil em equipamentos de última geração”. “Então porque terceirizar exames?”, perguntou a vereadora do PT. “Não temos aparelhos de tomografia e ressonância”, explicou. “E a terceirização é saída para o futuro, virou moda no país e está dando certo”, acrescentou.

Sobre a falta de remédios, Jamal atribuiu o problema a “burocracia”. “Não entendo muito de licitação, mas o setor alega que o processo demora, que a burocracia emperra”, disse. “Isso deve ser tratado como prioridade, visto que se trata de vidas”, reagiu Thais Helena.

Nos siga no Google Notícias