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Política

Secretário vê rigor fiscalizatório só contra Bernal; vereadores contestam

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 18/04/2013 17:40
Mario Cesar diz que rigor decorre da falta de "diálogo" na gestão Bernal (Foto: Arquivo)
Mario Cesar diz que rigor decorre da falta de "diálogo" na gestão Bernal (Foto: Arquivo)

Os vereadores da oposição reagiram hoje às afirmações do secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur, sobre o rigor fiscalizatório da Câmara de Campo Grande, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público Estadual (MPE), que não acontecia, segundo ele, com relação às gestões anteriores à do prefeito Alcides Bernal (PP). “Questões como Orçamento e suplementação estão na boca do povo”, afirmou Ben Hur, em entrevista publicada hoje no jornal O Estado, referindo-se às investidas dos vereadores quanto às transferências de valores orçamentários que o Executivo vem promovendo e a Câmara questionando.

Durante a sessão da Câmara, nesta quinta-feira, Chiquinho Telles (PSD) considerou que o prefeito Alcides Bernal e sua base de sustentação política no Legislativo têm de parar de gerar conflitos. “Tem de parar de rotular os vereadores como inimigos, porque os mesmos eleitores que elegeram o Bernal também elegeram os vereadores. Então, o Bernal não está na vantagem”, disse Telles.

O presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), observou que a diferença na ação fiscalizatória decorre da necessidade de informações, que é franqueada por determinados administradores e omitida por outros. “A diferença desta gestão para a outra é que na outra existia relacionamento, havia diálogo. Nós tínhamos acesso a tudo. Nelsinho ia à Câmara junto com os secretários, às vezes até levava a Maria Antonieta, sentava com todos os vereadores e conversava sobre os problemas da cidade. O próprio Nelsinho pegou o telefone de cada um dos vereadores e mantinha contado”, comparou.

Já Alceu Bueno (PSL) disse que a função dos vereadores é fiscalizar o prefeito. “A Câmara não está fazendo mais do que sua obrigação”, argumentou.

Citando uma situação concreta, Flávio Cesar disse que sempre visitou Centros de Educação Infanil (Ceinfs), mas nunca encontrou nenhuma situação tão grave como agora. “Sempre houve fiscalização. Nunca fomos omissos. Se há fiscalização mais rigorosa é resultado de vários problemas dessa gestão”, apontou ele.

Paulo Pedra (PDT) acredita que as críticas do secretário Wanderley Ben Hur decorrem de sua “inexperiência” quanto aos fatos do passado da administração municipal. “Na época do Lúdio, ele mandava todos os contratos para a Câmara referendar”, lembrou o vereador pedetista.

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