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Política

Senador afirma que Fundo Pantanal ajudaria a reduzir perdas com supercheias

Autor de projeto que cria fundo de fomento à pesquisa sobre a região pantaneira, Pedro Chaves afirma que estudos também ajudariam a evitar problemas causados com o assoreamento

Humberto Marques | 20/01/2018 13:01
Chaves afirma que Fundo Pantanal ajudaria em estudos para combater efeitos da supercheia. (Fotos: Divulgação)
Chaves afirma que Fundo Pantanal ajudaria em estudos para combater efeitos da supercheia. (Fotos: Divulgação)

Chuvas acima da média na região pantaneira ameaçam causar uma supercheia na região, cujos problemas poderiam ser mitigados caso um fundo específico fosse destinado para auxiliar o ecossistema, pecuaristas e ribeirinhos por meio de estudos e pesquisas. A avaliação é do senador Pedro Chaves (PSC), autor da proposta que tramita no Congresso Nacional para criação do Fundo Pantanal.

Neste mês, como reforçado pela assessoria do senador, as chuvas estão acima da média na comparação com janeiro de 2017. No rio Paraguai, a estação São Francisco, em Corumbá –a 419 km de Campo Grande– marcou neste ano 5,96 metro, ante os 4,79 do ano anterior.

“O Pantanal é uma região de planície, então, quando acontecem as chuvas, como é o caso agora que tem chovido muito, os rios enchem e a água se desloca, invadindo terras e forçando os pecuaristas a transferirem o gado para outro lugar. Isso gera um custo para o produtor que pode ser auxiliado com meu projeto”, declarou o senador.

O Fundo Pantanal prevê estudos específicos para os problemas da região, incluindo as supercheias. “Minha proposta é fomentar as pesquisas de conservação e preservação do Pantanal. Em relação à essa transferência do gado, poderia ser estudado um meio do deslocamento ser menos oneroso para o produtor rural”, salientou.

Para Pedro Chaves, prevenção é a melhor solução para problemas causados no ecossistema pantaneiro.
Para Pedro Chaves, prevenção é a melhor solução para problemas causados no ecossistema pantaneiro.

Assoreamento – Chaves afirma que, com as chuvas, preocupações envolvendo o assoreamento dos rios também se fazem presentes, por conta dos potenciais riscos ao bioma. O senador explica que as precipitações “lavam” o solo, removendo a camada superficial. Os sedimentos –partículas de solo e rochas– são transportados até os rios, onde são depositados.

Quando não há vegetação para reter os sedimentos, estes se depositam no fundo dos rios. “As consequências do assoreamento de rios e lagos podem ser sentidas diretamente pela sociedade. A água desses rios, ao encontrar tantos obstáculos, desvia-se, podendo atingir espaços onde antes não existiam cursos d’água, incluindo ruas e casas, causando, portanto, as enchentes urbanas”, explicou o senador.

Para Chaves, novas pesquisas podem ajudar a combater o problema. “A melhor medida é trabalhar na sua prevenção, contendo os processos erosivos em áreas situadas próximas às drenagens, além de impor barreiras para que os sedimentos não se acumulem rapidamente sobre elas. O Fundo Pantanal prevê projetos de preservação e de prevenção do bioma”, afirmou.

O projeto que cria o Fundo Pantanal foi aprovado em novembro de 2017 na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, prevendo aportes financeiros nos projetos de preservação da planície pantaneira, estimulando investimentos para controle, monitoramento e fiscalização. Após o fim do recesso parlamentar, a proposta seguirá para a Comissão de Meio Ambiente e, depois, para o plenário da Casa.

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