ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 22º

Política

Sob protestos, Bernal diz que mantém proposta de 9,57% a servidores

O índice permanece abaixo do solicitado pelos sindicatos, que reclamam ainda que o aumento chegará escalonado

Alberto Dias | 07/04/2016 09:19
Bernal explica, em coletiva à imprensa, sobre as limitações do reajuste. (Foto: Antonio Marques)
Bernal explica, em coletiva à imprensa, sobre as limitações do reajuste. (Foto: Antonio Marques)

O prefeito Alcides Bernal (PP) informou esta manhã que manterá o reajuste inicial proposto, de 9,57%, aos servidores municipais. Tal índice já foi rejeitado anteriormente pelo Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), que representa mais de um terço dos 22 mil funcionários do município e que coordena a paralisação de 800 servidores administrativos da Educação, iniciada em 31 de março.

Após ter os 9,57% rejeitados pelo Poder Legislativo, Bernal afirmou, em coletiva à imprensa na quarta-feira (6), que só poderia oferecer reajuste de 2,79%, equivalente aos índices inflacionários dos últimos três meses, em decorrência de impedimento da lei eleitoral. No entanto, conforme adiantou o Campo Grande News, o percentual poderia chegar até o índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses que, segundo o IPCA-E, soma 9,95%.

O prefeito voltou atrás sem chegar, porém, à ordem de 11,6% solicitados pelo Sisem. Alegando perseguição, Bernal espera que os sindicatos aceitem a proposta inicial, para que, então, os vereadores possam, novamente, votar o projeto e encerrar a polêmica que tem causado sequentes protestos na frente da Prefeitura e também na Câmara Municipal.

Do outro lado da questão, sindicalistas refutam tal aumento, sob a justificativa que ele não contempla os dois anos acumulados sem reajuste. Os professores, por exemplo, reclamam ainda que aguardam o cumprimento da lei do piso; guardas municipais alegam que a mudança de categoria e reajuste por tempo de serviço não é aplicada; e os enfermeiros pedem a volta de alimentação nos plantões.

Até o momento, segue mantido o indicativo de greve geral de servidores a partir da próxima semana. Em reunião na ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) nesta quarta-feira, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, informou que aguardam uma contra-proposta razoável por parte do Executivo para que a greve não seja ampliada.

Nos siga no Google Notícias