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Política

Sozinho, vereador petista sobe à tribuna para defender Dilma

Em Campo Grande, a maioria na Câmara defende a saída do governo como única alternativa à crise

Alberto Dias | 14/04/2016 13:35
Alex do PT explica aos colegas que a presidente Dilma precisa permanecer no Governo. (Foto: arquivo)
Alex do PT explica aos colegas que a presidente Dilma precisa permanecer no Governo. (Foto: arquivo)

Na Câmara de Vereadores, a maioria absoluta de parlamentares se declarou favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Porém, tal fato não intimidou o vereador Marcos Alex (PT) que subiu à tribuna por duas vezes em defesa da atual presidente. Na primeira, levou documento da Caixa Econômica Federal contendo balanço de recursos enviados “por Dilma” a Campo Grande e que, segundo ele, somavam de R$ 250 a R$ 300 milhões. “Temos obras paradas com estes recursos na conta da Prefeitura”, alegou.

O documento, assinado pelo superintendente Regional da CEF, Evandro Narciso de Lima, aponta que os recursos são referentes a “emendas parlamentares ou repasses ao Governo do Estado, Instituições e Prefeitura de Campo Grande”. Porém, o vereador não se atentou que a planilha contida no documento listava obras datadas desde de 2008, ou seja, relativas também à gestão do presidente Luis Inácio Lula da Silva. O petista disse tratar-se de recursos não aplicados, contudo, várias obras indicadas já estão concluídas como, por exemplo, a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Perdizes, que recebeu de R$ 1 milhão do governo federal em 2008.

Ao final da sessão, Alex do PT voltou à tribuna para um discurso mais político, lembrando que a presidente “não tem conta na Suíça, não foi delatada na Lava Jato, sendo julgada única e exclusivamente por motivações políticas, diferente do presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) processado por corrupção”, finalizou.

A favor – Questionados pelo Campo Grande News, a maioria dos parlamentares favoráveis ao impeachment aponta o afastamento de Dilma como única alternativa para o fim da crise economia e política. “O Brasil precisa ter crédito e para isso o impeachment é necessário” disse Carlão (PSB). Para Dr Lívio (PSDB), “o clima não favorece mais a governabilidade de Dilma e só há vislumbre de alguma melhoria quando ela cair”. A opinião é dividida pela vereadora Carla Stephanini (PMDB): “o caminho para começar a recuperar o pais é afastamento imediato”, avaliou.

Seguem no mesmo discurso os peemedebistas Mário César: “É melhor realmente que o PT saia do Governo para que o Brasil possa reconstruir essa credibilidade”, e Vanderlei Cabeludo: “a grande culpa da Dilma é a mentira e a maquiagem que ela fez no Brasil para ganhar as eleições”. Para Airton Saraiva (DEM), o afastamento é certo e “está previsto para acontecer o mais rápido possível”. Menos acalorado, Edil Albuquerque (PTD) diz apenas que aguarda os fatos, mas que é favor.

Já os vereadores Roberto Durães (PSC) e Eduardo Romero (Rede) defendem o impeachment, desde que não contemple o vice-presidente Michel Temer (PMDB). “Sou favorável se cair for a chapa topa, porque o Temer é tão problemático quanto a Dilma. Não adianta trocar seis por meia dúzia”, enfatizou Durães. Na mesma linha, Eduardo Romero aponta que a expectativa é que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anule a chapa Dilma/Temer. “Nem Dilma nem Temer, queremos novas eleições”, finalizou Romero.

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