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Política

Surpresa, Contar disputa 2º turno com Eduardo Riedel

Militar do Exército também foi surpresa nas urnas em 2018, quando foi o deputado estadual mais votado

Anahi Zurutuza | 02/10/2022 18:27
Capitão Contar (PRTB) disputará o segundo turno Eduardo Riedel (PSDB). (Fotos: Divulgação)
Capitão Contar (PRTB) disputará o segundo turno Eduardo Riedel (PSDB). (Fotos: Divulgação)

A eleição em Mato Grosso do Sul será decidida em segundo turno, no dia 30 de outubro. Capitão Contar (PRTB) parte para a segunda etapa da campanha eleitoral na liderança, com 26,71% dos votos válidos (384.275). Ele disputará com Eduardo Riedel (PSDB), que obteve 25,16% da preferência do eleitorado (361.981 votos).

Surpresa nas urnas, o adversário do candidato do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é militar do Exército, foi eleito deputado estadual em 2018 e recebeu declaração de apoio de última hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), na quinta-feira (29), virando o jogo eleitoral no Estado.

A escalada de Contar foi nos últimos três dias. Na primeira pesquisa feita pelo Instituto Novo Ibrape, encomendada pelo Campo Grande News e apurada em junho, ele aparecia em quinto lugar com 6,6% das intenções de voto. André Puccinelli (MDB) era o líder, com a preferência de 22,1% dos entrevistados e o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), estava no segundo lugar com 11,7%. Depois, vinham Eduardo Riedel (13,7%) e Rose Modesto (12%) – terceiro e quarto lugares.

A última medição feita pelo Novo Ibrape, divulgada na quarta-feira (dia 28), um dia antes do pedido de apoio de Bolsonaro, mostrava o segundo turno entre Puccinelli, com 26,83%, e Riedel, com 20,61%. Rose Modesto (UB) estava em terceiro lugar, com 16,63% da preferência e Contar aparecia só em quatro, com 16,12%. Este último levantamento, feito entre 22 e 27 de setembro, trouxe os votos válidos, mecanismo que exclui os brancos e nulos, usado pela Justiça Eleitoral na apuração.

Também na onda Bolsonaro, Contar já havia surpreendido em 2018, quando teve 77.802 votos, sendo o deputado estadual mais votado da Assembleia Legislativa. O parlamentar tem 38 anos, é casado e não tem filhos.

Segundo lugar – Eduardo Riedel nunca disputou mandato eletivo. Formado em Ciências Biológicas na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestre em Zootecnia na Unesp (Universidade Estadual Paulista), ele é casado, tem 52 anos e é pai de dois filhos.

Ele começou vida pública em 2002, quando se tornou presidente do Sindicato Rural de Maracaju, missão que levou a ganhar a credibilidade da classe produtora do Estado para assumir o comando da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em 2006. Na sequência, em 2011, assumiu a presidência do Sebrae-MS e a vice-presidência da CNA (Confederação Nacional de Agricultura). Foi considerado uma das 100 personalidades mais influentes do agronegócio brasileiro.

Em 2015, Riedel foi convidado a assumir a secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, na posse do governador Reinaldo Azambuja e a última missão antes de sair da administração para disputar a eleição foi comandar a pasta de Infraestrutura, responsável pelas entregas de obras da gestão.

Derrotados – Puccinelli teve 17,18% dos votos (247.093) e ficou em terceiro lugar, enquanto Rose Modesto ficou em quarto lugar com 12,42% da preferência do eleitorado (178.599 votos).

Marquinhos Trad foi o grande derrotado. Ele, que começou a campanha eleitoral com grande possibilidade de ir para o segundo turno, terminou em sexto lugar, com 8,68% dos votos (124.795). Em 2020, quando foi reeleito prefeito da Capital com 52,58% dos votos válidos, Trad teve 218.418 mil votos, o dobro do conquistado agora.

Giselle Marques (PT) obteve 9,42% da votação (135.556 votos), Adonis Marcos (Psol) ficou com 0,23% (3.251 votos) e Magno de Souza (PCO) conseguiu 0,20% (2.892 votos).

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) apurou 1.552.654 votos.               Do total de eleitores que foram às urnas, 1.435.550 votou em um dos oito candidatos, 61.130 anulou o voto e 53.082 votaram em branco.

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