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Política

Temer vai à casa de deputada de MS pedir apoio à reforma tributária

Ainda que a direção nacional do partido tenha deixado a base do governo, a deputada tem peitado as orientações da sigla e se mantém próxima ao presidente

Lucas Junot | 18/07/2017 15:12
A deputada Tereza Cristina travou sucessivas batalhas com o partido este ano, mas diz que não pretende deixar a sigla (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A deputada Tereza Cristina travou sucessivas batalhas com o partido este ano, mas diz que não pretende deixar a sigla (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O presidente Michel Temer (PMDB) se encontrou com deputada federal por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PSB), nesta terça-feira (18), para pedir apoio da bancada à proposta de reforma tributária que o governo pretende enviar ao Congresso Nacional.

Líder do PSB na Câmara dos Deputados, a parlamentar contrariou orientação do partido no mês passado, recusando-se a substituir dois deputados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para proteger Temer da abertura de processo por corrupção passiva, apresentada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

Durante o encontro, o presidente agradeceu os dois votos dos deputados Danilo Forte (PSB-CE) e Fábio Garcia (PSB-MT) a favor do arquivamento da denúncia que tramita na Câmara.

Antes de iniciar sua agenda oficial no Palácio do Planalto, Temer foi à casa da deputada. A assessoria da liderança do PSB informou que o encontro foi marcado por iniciativa do presidente, em contato com o deputado Danilo Forte. O encontro foi incluído na agenda oficial do presidente apenas no final da manhã.

O PSB havia orientado voto favorável ao parecer do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava a admissibilidade da acusação contra Temer pelo crime de corrupção passiva. O parecer aprovado na CCJ ainda será votado em plenário em agosto, após o recesso parlamentar.

Em abril deste ano, a direção nacional do PSB destituiu Tereza Cristina da liderança do partido em Mato Grosso do Sul. A decisão fez parte de uma punição a parlamentar, por ela ter votado a favor da reforma trabalhista, quando a legenda tinha formalizado uma posição contra a proposta.

A assessoria da liderança confirmou que o presidente Temer perguntou a Tereza Cristina sobre a possível saída de parlamentares do PSB para outros partidos da base aliada, como o DEM e o PSDB, como consequência da divergência com o partido. A líder respondeu a Temer que não há essa possibilidade e que está trabalhando para solucionar as divergências entre os integrantes da bancada e a direção nacional do partido.

A liderança avaliou que a tentativa de reaproximação de Temer com o PSB não significa um realinhamento do partido com a base aliada. Em maio deste ano, a executiva nacional do PSB decidiu romper com a base governista depois da divulgação pelo STF (Supremo Tribunal Federal) do conteúdo das delações dos empresários da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato, em que Michel Temer é acusado de participar de um esquema de pagamento de propina e troca de favores com os delatores.

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