ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 28º

Política

TRE define data para nova eleição de prefeito e vice-prefeito em Angélica

Como o prefeito foi eleito sub judice, cidade estava sendo comandada pelo presidente da Câmara

Jhefferson Gamarra | 04/04/2022 16:44
Os 8.571 eleitores aptos na cidade voltarão às urnas para escolha de prefeito (Foto: Divulgação/TRE-MS)
Os 8.571 eleitores aptos na cidade voltarão às urnas para escolha de prefeito (Foto: Divulgação/TRE-MS)

O TRE-MS ( Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) definiu a data de 15 de maio para acontecer a eleição suplementar dos cargos de prefeito e vice-prefeito da cidade de Angélica, a 277 quilômetros de Campo Grande.

A eleição suplementar foi convocada depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou o recurso eleitoral e manteve o indeferimento da candidatura do ex-prefeito João Cassuci (PDT), eleito sub judice nas eleições 2020.

Com a decisão, os votos do candidato foram anulados e agora os 8.571 eleitores da cidade voltarão às urnas. Como o pedetista não foi diplomado devido à pendência judicial ficou impedido de tomar posse. Dessa forma, assumiu a chefia do Executivo municipal o presidente da Câmara, vereador Geraldo Rodrigues, o Boquinha (PSDB).

No documento, o presidente da Corte eleitoral sul-mato-grossense, desembargador Paschoal Carmello Leandro, também definiu as datas das convenções partidárias, que serão entre os dias 08 e 14 de abril, com registros das candidaturas até 17 de abril.

De acordo com o despacho, poderão concorrer aos cargos, eleitores e eleitoras que tiveram domicílio no município de Angélica até 15 de novembro de 2021. Também vão ter que comprovar que estiveram com a filiação partidária deferida no mesmo prazo.

João Cassusi (PDT) eleitor sub judice em 2022 (Foto: Plantão Angélica)
João Cassusi (PDT) eleitor sub judice em 2022 (Foto: Plantão Angélica)

Inelegível  – João Cassuci foi condenado por crime contra o sistema financeiro nacional. Em 2006, quando era prefeito de Angélica, ele foi acusado pela PF (Polícia Federal) de desviar recursos do Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar).

O pedetista acabou condenado em 2016. No processo, ficou comprovada a obtenção ilegal de financiamentos do Pronaf mediante fraude e cadastros falsos. Depois que a verba do programa era liberada pelo Banco do Brasil na conta dos “laranjas” do grupo, o dinheiro era repassado imediatamente para João e os outros acusados.

A condenação o fez cair na Lei da Ficha Limpa, tornando-o inelegível a partir de 2018. Nesse entendimento, a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura de Cassuci. Ele recorreu até o TSE, mas o ministro Alexandre de Moraes  não conheceu da ação direta de inconstitucionalidade e manteve a decisão anterior, que tornou o ex-prefeito inelegível.

Nos siga no Google Notícias