Deputado convoca manifestações na Capital e Dourados para "dar voz" a Bolsonaro
Rodolfo Nogueira (PL) participou de reunião nacional para traçar estratégias "pós-tornozeleira"

Entre as estratégias para reagir as medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última sexta-feira (18), a oposição interrompeu o recesso parlamentar, voltou ao Congresso Federal e articula manifestações por todo o Brasil para “dar voz” ao ex-presidente no dia 3 de agosto.
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Oposição articula manifestações em apoio a Bolsonaro após medidas cautelares do STF. Deputados federais organizam atos para o dia 3 de agosto em diversas cidades, incluindo Campo Grande e Dourados, com o tema "Reaja Brasil". O objetivo é protestar contra as restrições impostas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar redes sociais. A mobilização nacional, liderada por parlamentares do PL, visa "dar voz" a Bolsonaro, que está impedido de se comunicar com seu filho, Eduardo Bolsonaro, e com diplomatas estrangeiros. O principal ato está previsto para a Avenida Paulista, em São Paulo, local de outras manifestações pró-Bolsonaro. A presença do ex-presidente no evento, no entanto, é considerada improvável pelos organizadores.
O deputado federal sul-mato-grossense, Rodolfo Nogueira (PL), assumiu uma das comissões criadas para articular a mobilização nacional. Ao Campo Grande News, ele adiantou que nos próximos dias serão publicados vídeos chamando apoiadores para as manifestações. “Todos serão convidados e convocados para o ato e todas as lideranças de direita também. Estamos rumando para uma Venezuela e não queremos isso para as próximas gerações”, disse.
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Em Mato Grosso do Sul, segundo ele, já há sinalização para dois atos na data, um um buzinaço na Praça do Rádio, em Campo Grande e uma em carreata na Avenida Marcelino Pires, em Dourados. “Decidimos que será feita em todas as cidades que se organizarem. Todos deveram estar unidos nessa pauta sobre a liberdade. Reaja Brasil será o tema das manifestações”, completou.
O foco das manifestações será a Avenida Paulista, em São Paulo, onde foram feitos os últimos atos por anistia aos presos de 8 de janeiro. Em fevereiro de 2024, Bolsonaro chegou a 185 mil manifestantes no local, mas na última manifestação em junho deste ano, o público não passou de 13 mil pessoas.
Questionado sobre a presença de Bolsonaro na manifestação, Nogueira aponta que o ex-presidente não deve participar do ato.
Ao anunciar os próximos passos da oposição, o líder do PL na Câmara, deputado federal, Sóstenes Cavalcante (PL), afirmou na noite de segunda-feira (21), que o objetivo da mobilização é “dar voz” ao ex-presidente. “A partir de agora nós teremos estratégias de comunicação e daremos voz a Bolsonaro, mais do que nunca, porque Bolsonaro tem um exército de parlamentares e milhões pessoas nas ruas que darão a ele a voz”, defendeu.
Tornozeleira - O ex-presidente foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na última sexta-feira (18). A PGR (Procuradoria-Geral da República) viu risco de fuga de Bolsonaro ao pediu ao Supremo que o ex-presidente seja monitorado por tornozeleira eletrônica e cumpra recolhimento noturno entre as 19h e as 6h.
As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.
Bolsonaro ainda está proibido de acessar redes sociais e falar com o filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março deste ano, licenciado o cargo de deputado federal. Ele também não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros.
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