UFN3 precisa de competitividade para sair do papel, diz Riedel
Governador está em São Paulo para reunião com empresários e defendeu investimento na produção de fertilizantes

Para o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), a equação de preços é o principal desafio para que a conclusão da fábrica de fertilizantes UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, saia do papel. Segundo o tucano não há perspectiva de investimento se não houver competitividade.
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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou a necessidade de competitividade nos preços para a conclusão da UFN3, fábrica de fertilizantes em Três Lagoas. Ele afirmou que a falta de investimentos está relacionada à dependência de importações, especialmente da Rússia, e enfatizou a importância de aumentar a produção local de fertilizantes para garantir a segurança alimentar do Brasil. Riedel também mencionou investimentos em infraestrutura, como rodovias, ferrovias e hidrovias, que são essenciais para o crescimento econômico do estado. Ele ressaltou que a integração com países vizinhos, por meio do corredor rodoviário, trará novas oportunidades para a exportação de produtos brasileiros, especialmente do agronegócio.
“A gente tem a molécula do gás aqui e a distribuição não muito competitiva com a Rússia e outros países produtores. Temos que equacionar para a UFN3, que está nesse processo de retomada, se tornar superavitária, competitiva e poder gerar o resultado esperado para os investidores”, disse em entrevista ao canal CNN Money, na manhã desta quinta-feira (12). Riedel está em São Paulo para reunião com empresários.
Em sua avaliação, o governador aponta este como o principal problema do projeto que começou a ser construído em 2011 e teve suas obras paralisadas em 2014 com 81% concluídas. “É estratégico? É! Mas temos que ir além porque se não é voo de galinha. Nenhuma empresa vai colocar dinheiro para produzir algo que pode ser importando mais barato”, completou.
Riedel defendeu a necessidade de mais investimentos no setor de fertilizantes, essencial para setores como o agronegócio. “A dependência é muito grande da Rússia e olha o que está acontecendo no mundo. Na pandemia nós assistimos um temor pela escassez desses recursos e o Brasil quase teve prejuízo na sua safra por não ter essa independência estratégica. Então a UFN3 é um ativo que está sendo trabalhado para ser um grande produtor de nitrogenado e elevar o brasil a perto de 30% da sua demanda sendo produzida aqui o que é muito positivo, porque nos garante uma suficiência que estratégica”, disse.
O tucano ainda destacou a estratégia da gestão para que Mato Grosso do Sul figure como o estado que mais deve crescer este ano. “É a busca por esse processamento dentro das nossas produções primarias, ou seja, soja transformada em farelo, óleo em proteína animal, milho em etanol, ração e produtos para alimentação humana, as nossas florestas plantadas em celulose e a celulose em papel para diferentes segmentos, laranja, que começou todo um complexo de produção - estamos induzindo e acompanhando de perto trazendo a indústria”, exemplificou.
Diante dos investimentos atraídos no estado, o governador falou da importância da infraestrutura. “Nós temos quatro grandes investimentos acontecendo. Primeiro as PPPs das rodovias com duplicações de mais de 1.600 quilômetros. Investimentos fortes que ultrapassam R$ 20 bilhões nos próximos 10 anos. A outra é ferrovia, é fundamental a retomada da malha oeste ligando a malha paulista para todo esse complexo de celulose. A terceiro é hidrovia, saindo de Corumbá, com a mineração forte e crescente levando para a saída do Uruguai e quarta a Rota Bioceânica”, enumerou.
Segundo Riedel, a concretização do corredor rodoviário, que ligará integração entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, a partir do ano que vem. “Quando você completa a conexão com os portos do Chile e traz uma nova perspectiva econômica e de desenvolvimento para a região. Tanto para a saída de produtos, principalmente para as proteínas animais de maneira geral - frango, suínos, carnes processadas. Assim como a entrada de produtos dos mercados asiáticos pela diferença de 14 dias de viagem de navio”, disse.
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