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Política

Vereador deixa base e parlamentares quase saem no braço

Redação | 05/08/2009 12:04

O clima esquentou na Câmara Municipal de Campo Grande e os vereadores, por pouco, não transformaram o parlamento em um ringue. Houve bate-boca e, exaltado, o vereador Lídio Lopes (PP) teve que ser contido pela vereadora Professora Rosiane Modesto de Oliveira (PSDB).

A confusão aconteceu com a aprovação de dois requerimentos, assinados pelos parlamentares Thais Helena (PT), Grazielle Machado (PR) e Alcides Bernal (PP), com pedidos de informações à Prefeitura. Antes disso, o vereador Carlão (Carlos Augusto Borges, do PSB), comunicou que deixa a base aliada do prefeito Nelson Trad Filho para ter uma atuação independente na Casa.

Os requerimentos foram aprovados antes que Lidio conseguisse chegar ao microfone de apartes para pedir votação nominal. A votação não nominal é feita em poucos segundos, sem que os vereadores tenham tempo de expressar sua opinião.

Na prática, quando não há o pedido de votação nominal, os votos de todos os vereadores presentes são contabilizados como favoráveis. "A maioria era contrária aos requerimentos. A vontade dos vereadores tem que ser respeitada", afirmou o vereador do PP.

Lídio disse que ia votar contra os requerimentos porque eles seriam demagogos, com o objetivo de serem usados como palanque da oposição com motivação puramente eleitoral.

Cabo Almi (PT) presidiu a sessão legislativa. Ele disse que conduziu as votações normalmente e acredita que a confusão aconteceu porque ainda não foi reconstituída a liderança do prefeito na Casa de Leis. "Já discutimos outras vezes, os ânimos se exorbitaram, mas isso faz parte da democracia", afirmou.

A vereadora Thaís Helena (PT) afirma que a base aliada se posicionou contra a votação porque sabe que as leis não estão sendo cumpridas. Um dos requerimentos questiona se o Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração para os servidores foi criado, como prevê uma lei complementar de 1996. O outro questiona a quantidade de funcionários atendidos com o vale-refeição em 2008 e até maio de 2009. O benefício é previsto pela Constituição Federal.

Ontem, Paulo Pedra (PMDB) havia oficializado a saída da liderança do prefeito e anunciado à imprensa que criaria um bloco independente com a oposição e outros vereadores com postura crítica na Câmara.

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