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Política

Vereadores se dividem sobre lista fechada, voto distrital e "efeito Tiririca"

Kleber Clajus | 03/05/2015 08:45
Presidente da Câmara Municipal é a favor de mudança no atual sistema (Foto: Arquivo/Marcelo Calazans)
Presidente da Câmara Municipal é a favor de mudança no atual sistema (Foto: Arquivo/Marcelo Calazans)

'Distritão', lista fechada e voto distrital misto são opções da reforma política que dividem os vereadores de Campo Grande. As propostas, que tramitam no Congresso Nacional, ainda geram instabilidade quanto a sua aplicação já nas próximas eleições.

O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), defende o chamado “distritão”, que assegura a entrada dos políticos com maior número de votos e evita que “coligações mascarem a vontade popular”. Tal opção pode impedir o chamado “efeito Tiririca”, em alusão ao deputado federal paulista eleito com expressiva votação que “puxou” outros sete candidatos de sua coligação.

A medida, conforme Thaís Helena (PT), pode ter efeito inverso ao favorecer candidatos com maior força financeira e fugir da representatividade pretendida na política. Ela, então, segue entendimento do partido pela lista fechada, em que os votos ficam com a legenda e esta estabelece por critérios próprios quem assumirá o mandato.

Já o voto distrital misto, que é praticado na Alemanha, é considerado como a opção com maior aceitação entre os partidos. Ele combina aspectos do sistema majoritário e proporcional, o segundo sendo com lista aberta ou fechada. Há ainda o voto distrital puro, que tende a diminuir o pluralismo político e impediria a participação de minorias.

Para Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), o ideal seria manter o modelo proporcional em vigor. Isso porque ele garantiria a pequenos partidos se estruturar para eleger seus candidatos, porém admite que se as regras forem alteradas deverão seguidas.

Com a perspectiva de votação na Câmara dos Deputados em torno de um novo modelo, a partir do dia 15 de maio, Carla Stephanini (PMDB) pontua que os debates devem considerar também a ampliação da participação feminina, por meio da reserva de cadeiras, para um efetivo equilíbrio entre os gêneros. A peemedebista ainda ressalta que “só na hora da eleição será possível avaliar o funcionamento do sistema escolhido”.

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