Veteranos farão palestras aos 18 novos vereadores sobre regras da casa
Uma coincidência interessante marca a posse dos 29 vereadores de Campo Grande, que acontece a partir das 17h deste domingo (1): 18 são novatos e apenas 11 foram reeleitos, ou seja, já estavam na casa de leis. Há quatro anos, na legislatura imediatamente anterior (2013-2016), a situação era exatamente inversa: 18 vereadores seguiam reeleitos, enquanto apenas 11 eram novos.
Para o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha (PSDB), o fato denota um fenômeno nacional que pontua o amadurecimento da democracia e maior participação popular na política. "Os novos chegam com muita vontade de fazer e foram escolhidos legitimamente pela população". Para o tucano, o fato de a maioria dos parlamentares serem novatos nessa legistatura, não deve prejudicar o andamento dos trabalhos.
Ao Campo Grande News, adiantou que um seminário a ser realizado em breve, em data a definir, deve apresentar o funcionamento da casa, normas, regimento interno, entre outras questões. "Cada um fará palestras aos vereadores e seus assessores, dando condições para que realizem sua função da melhor maneira", afirmou. Também caberá aos parlamentares mais experientes acolher e orientar quem chega.
"Todos precisam estar antenados com o contexto atual, a realidade econômica pela qual passa o país, o estado e o município. Ou seja, a situação que vive a população, porque somos os representantes de todos os cidadãos", ponderou Rocha, frisando a função fiscalizadora do poder Legislativo, cujas sessões serão retomadas em fevereiro, após o recesso parlamentar.
Dever cumprido - Sobre a legislatura encerrada em 2016, Rocha conclui que a democracia foi exercida e o dever cumprido. "Entendo que essa legislatura que se encerra cumpriu plenamente com seu papel e que adotamos os procedimentos que precisaram ser aplicados", disse, referindo-se à votação que culminou na cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).
Quanto à renovação na Câmara, "a população entendeu que deveria haver uma renovação em uma parte e manter alguns outros. Esse é o exercício da democracia e os políticos precisam fazer essa leitura, estar antenado com essa situação", finalizou Rocha.