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Política

Marquinhos recebia da Assembleia enquanto era vereador, diz jornal

Segundo reportagem, documentos mostram que o candidato acumulou salários das duas casas legislativas.

Aline dos Santos | 27/10/2016 10:35
Marquinhos recebia da Assembleia enquanto era vereador, diz jornal
Marquinhos disputa segundo turno em Campo Grande. (Foto: Alcides Neto)

Uma nova denúncia aponta que o candidato a prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), recebeu salário de forma simultânea pela Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal.

Desde o primeiro turno ele enfrenta acusação de ser “fantasma” na Assembleia, pois foi lotado em 1986 no gabinete do pai, o então deputado estadual Nelson Trad. Mas, na mesma época, estudava Direito no Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira (dia 27), o jornal Folha de São Paulo revela que teve acesso a contracheques e  documento fiscal que mostram a remuneração simultânea no ano de 2005.

“Em 2004, Marquinhos se elegeu vereador, mas não saiu dos quadros da Assembleia. Os documentos mostram que o candidato acumulou salários das duas casas legislativas. Em 2005, ele recebeu R$ 19.272,64 como funcionário da Assembleia e R$ 156.750,00 de salário de vereador”, diz a reportagem.

Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, em janeiro de 2005, quando assumiu como vereador, Marquinhos recebeu salário de R$ 9.500. No mesmo mês, recebeu da Assembleia R$ 1.536,80. Outro exemplo foi o mês de dezembro daquele ano. Quando o então vereador somou os R$ 9.500 da Câmara com R$ 1.719,51 da Assembleia.

Outro lado - “Nunca recebi sem trabalhar e os atestados do Ministério Público Estadual provam minha inocência. Estou tranquilo, porque minha conduta está totalmente amparada pela Constituição Federal”, afirma Marquinhos Trad em nota.

No documento, ele informa que a situação foi apurada em 2007 pelo MPE (Ministério Público Estadual), que não encontrou irregularidade. Conforme o candidato, o parecer saiu após o órgão ouvir a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal. A Assembleia informou que a carga horária de Marquinhos era de 30 horas semanais e que não “havia incompatibilidade de horário”.

Por sua vez, a assessoria jurídica da Câmara comunicou ao Ministério Público que “as sessões legislativas aconteciam às terças, quartas e quintas-feiras no período matutino, das 9h às 12h. A mesma denúncia retornou em 2009, mas, conforme a nota, não foi reaberta por falta de novas provas.

Fantasma - A polêmica nomeação do deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), candidato a prefeito de Campo Grande, na Assembleia Legislativa foi denunciada, recentemente, ao MPE e TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Também foi encaminhado à Assembleia uma representação para que a situação de Marquinhos seja investigada por meio de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).