Um em cada cinco testes para hepatite em Campo Grande dá positivo
Sesau reforça ações de testagem e prevenção durante o Julho Amarelo na Capital
Aproximadamente um em cada cinco testes rápidos para hepatite A, B e C realizados em Campo Grande deram resultado positivo em 2025. Ao todo, foram feitos 1.276 testes entre janeiro e maio, dos quais 237 confirmaram a infecção, o equivalente a 18,57% de positividade, conforme levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
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Em Campo Grande, cerca de 20% dos testes rápidos para hepatite A, B e C realizados em 2025 apresentaram resultado positivo. Dos 1.276 exames feitos entre janeiro e maio, 237 confirmaram a infecção, sendo 190 casos de hepatite A, 29 de hepatite B e 18 de hepatite C, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. A capital sul-mato-grossense registrou a segunda maior taxa de hepatite A entre as capitais brasileiras em 2024, com 17,2 casos por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Curitiba. Durante o Julho Amarelo, campanha nacional de conscientização, a Sesau promove ações para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce da doença.
A hepatite é uma doença silenciosa e, na maioria dos casos, não apresenta sintomas, especialmente nos tipos B e C. Já a hepatite A pode provocar mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, fezes claras, além de pele e olhos amarelados.
A transmissão pode ocorrer por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear e escovas de dente, agulhas e alicates de unha, relações sexuais sem preservativo, contato com sangue contaminado e ingestão de água ou alimentos infectados.
Dos 237 casos positivos registrados até maio deste ano, 190 foram de hepatite A, 29 de hepatite B e 18 de hepatite C. A média é de cerca de dois diagnósticos positivos por dia. No mesmo período de 2024, foram confirmadas 271 infecções.
Durante o Julho Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre as hepatites virais, a Sesau realiza ações descentralizadas para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce. A estratégia é considerada essencial para o controle da doença.
Entre as mobilizações previstas, o destaque é o Dia D da campanha, que acontece no próximo sábado, dia 26, das 8h às 12h, na Unidade de Saúde da Família Los Angeles. Haverá oferta de serviços e atendimentos gratuitos à comunidade.
“A campanha Julho Amarelo é instituída pelo Ministério da Saúde como parte da estratégia nacional de combate às hepatites virais, e Campo Grande segue mobilizada para levar informação, cuidado e prevenção a todos os cantos da cidade”, afirma a Sesau.
Taxa elevada preocupa — Com taxa de 17,2 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande foi a segunda capital com maior índice de hepatite A em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Curitiba lidera o ranking, com 31,3 casos por 100 mil habitantes.
Em Mato Grosso do Sul, a taxa estadual foi de 6,0 casos por 100 mil habitantes, bem abaixo da registrada na Capital, que foi 2,9 vezes maior. Apenas até abril, Campo Grande havia registrado 56 casos de hepatite A. O número saltou para 188 ao longo de 2025.
O boletim também aponta que a Capital ocupa o 17º lugar entre as capitais em incidência de hepatite B (4,4 casos por 100 mil habitantes) e o 9º lugar em hepatite C (12,4 casos por 100 mil habitantes).
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