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Destinos de MS terão mais chance de aparecer no exterior

Paulo Nonato de Souza | 26/05/2020 07:12
Com tratamento igual da nova Embratur entre todos os estados, o Pantanal terá mais chance de aparecer em campanhas promocionais no exterior (Foto: Reprodução)
Com tratamento igual da nova Embratur entre todos os estados, o Pantanal terá mais chance de aparecer em campanhas promocionais no exterior (Foto: Reprodução)

Mudança não apenas de natureza jurídica, mas de ações práticas. É o que se espera da nova Embratur, que nesta segunda-feira, oficialmente, deixou de ser autarquia, como Instituto Brasileiro de Turismo, e assumiu o conceito de Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.

A Lei nº 14.002/20 que mudou o funcionamento da Embratur, de autarquia para agência de serviço social autônomo, foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada nesta segunda-feira, 25 de maio, no Diário Oficial da União. Com a alteração, o órgão passa a ter mais agilidade e autonomia para desenvolver ações e parcerias para melhor divulgar e promover o Brasil de forma competitiva nos mercados turísticos internacionais.

Entre as novidades da nova Embratur, destaque para a determinação de que seja dado tratamento igual à promoção de todas as unidades da Federação e seus municípios, conforme seu potencial turístico. Isso significa que destinos turísticos de estados como Mato Grosso do Sul terão mais chance de aparecer em campanhas internacionais de promoção do turismo, e não apenas destinos de praia e a Amazônia, por exemplo.

Assim, destinos de ecoturismo como Bonito e o Pantanal, embora continuamente classificados entre os mais procurados pelos turistas, nem sempre, ou quase nunca lembrados nas ações promocionais da antiga Embratur, passam a ter mais chance de integrar campanhas de divulgação no exterior.

“A inclusão do artigo que estabelece a aplicação de recursos de maneira equânime entre as regiões possibilitará que todas os destinos turísticos do país sejam contemplados com ações de promoção internacional. Isso certamente representará um ganho de competitividade e um passo importante para o fortalecimento da atividade turística em nosso país, crucial para a retomada do setor após a pandemia”, afirmou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Agora com autonomia de ações, um dos primeiros desafios será alavancar o fluxo turístico de um total anual de pouco mais de 6,5 milhões para 12 milhões de turistas estrangeiros até 2022 com expectativa de que o movimento faça circular US$ 19 bilhões na economia brasileira. Só o Museu do Louvre, em Paris, recebeu 7,6 milhões de visitantes estrangeiros em 2019.

“A nossa avaliação sobre a mudança é positiva. Agora como agência, a Embratur terá mais autonomia e mais capacidade para dar respostas às necessidades do turismo, principalmente neste momento em que enfrentamos os impactos da Convid-19”, disse Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar. Sua secretaria contempla a Fundtur (Fundação Estadual de Turismo).

Jaime Verruck avalia que a flexibilidade fará com que a nova Embratur tenha condições de atender de forma mais efetiva as políticas de desenvolvimento do setor turístico, e será importante também no pós-coronavírus com o redesenho do turismo no Brasil.

“No processo de retomada será preciso um olhar muito nacional com mais investimento na divulgação interna de atrativos, porque a retomada vai passar pelo turismo interno e não pelo turismo internacional. A agência poderá se posicionar mais fortemente no planejamento junto com as secretarias e fundações estaduais”, ressaltou o secretario.

Outra novidade relevante da nova Embratur será seu papel em casos de repatriação de brasileiros, previstos por lei em situações de guerra, convulsão social, calamidade pública, risco iminente à coletividade ou qualquer outra circunstância que justifique a decretação de estado de emergência.

Antes a missão de repatriar brasileiros era do Itamaraty e a partir de agora, nestes acontecimentos, as ações serão executadas pela Agência e coordenadas, nos aspectos diplomáticos e consulares, pelo Ministério das Relações Exteriores.  Um exemplo recentemente foi o avanço global da pandemia do coronavírus, levando milhares de brasileiros no exterior a suspenderem suas atividades turísticas ou suas rotinas como residentes para retornarem ao Brasil e tiveram que enfrentar os entraves da repatriação.

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