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Trilha aquática na lista dos melhores passeios nestas férias

Paulo Nonato de Souza | 12/01/2023 08:38
Porto Caiuá, em Naviraí, um dos pontos de partida e de chegada da Rota dos Pioneiros em Mato Grosso do Sul – Foto: Reprodução
Porto Caiuá, em Naviraí, um dos pontos de partida e de chegada da Rota dos Pioneiros em Mato Grosso do Sul – Foto: Reprodução

O Brasil tem pelo menos oito trilhas à disposição dos turistas brasileiros e estrangeiros para curtir as nossas belezas naturais nestas férias de verão. Uma delas, a Rota dos Pioneiros, tem um charme todo especial: Ela é aquática, ou seja, bem diferente do tradicional formato com caminhos estreitos e irregulares em meio à mata virgem. São 388,8 km de percurso pelo rio Paraná, cortando os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Pensada para ser completada em 16 dias, a maior trilha aquática do Brasil começa no Parque Estadual do Morro do Diabo, no município de Teodoro Sampaio, no extremo oeste do estado de São Paulo, e termina no Lago de Itaipu (PR), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Mas, não se assuste. De acordo com dados da Associação Rede Brasileira de Trilhas, a sua aventura pode ter início e fim em qualquer um dos 14 portos fluviais ao longo do rio Paraná.

Para quem é de Mato Grosso do Sul, a lista dos pontos de partida e de chegada oferece cinco opções: a sede do Parque Estadual Várzeas do Rio Ivinhema, em Ivinhema, a Praia da Amizade e o Porto Santo Antônio, ambos em Itaquiraí, o Porto Caiuá, em Naviraí, e o Porto Morumbi, em Eldorado. “São pontos de apoio e acampamento. Em alguns você poderá encontrar água potável, alimentação e até abrigo. Procure se informar em seu planejamento”, alerta o site da Rede Trilhas.

Em território sul-mato-grossense, um dos trechos da trilha que mais chama a atenção dos aventureiros tem 43 km e liga a Praia da Amizade em Itaquiraí, ao Porto Morumbi, em Eldorado. É uma dica para quem não se sente pronto para fazer o percurso completo de quase 400 km. Só não esquece de planejar o seu “resgate” no final do trecho. Nem tente ser herói, porque em trilha aquática de água corrente certamente você não conseguirá remar todo o percurso de volta ao ponto de partida.

O que levar no seu caiaque: Colete salva-vidas, faca, apito de emergência, remo, remo reserva, água, lanches rápidos, barras de cereais, frutas, chocolate, isotônicos para hidratar, filtro solar, roupas para proteger do sol e insetos, óculos de sol, luvas, boné, chapéu; gaze, faixas, algodão, esparadrapo, antisséptico, analgésicos, antigripais, spray higienizante, remédios de uso pessoal. Confira a cartilha completa com as recomendações no site oficial ROTA DOS PIONEIROS.

A Rota dos Pioneiros é a maior trilha aquática do Brasil com longos 388,8 km pelo rio Paraná – Foto: Letícia Nunes Araújo/OEco/Reprodução
A Rota dos Pioneiros é a maior trilha aquática do Brasil com longos 388,8 km pelo rio Paraná – Foto: Letícia Nunes Araújo/OEco/Reprodução

Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil dispõe atualmente de mais de 2 mil km de trilhas de longo curso aptas a serem percorridas por turistas nacionais e estrangeiros. São percursos que já contam com sinalização, pontos de interesse turístico, locais para pernoite, alimentação e outros pontos de apoio. Além da Rota dos Pioneiros, veja abaixo as outras sete rotas consideradas prontas:

CAMINHOS DA SERRA DO MAR - Localizada no Rio de Janeiro, a trilha percorre os municípios fluminenses de Magé, Petrópolis, Teresópolis, Guapimirim e Friburgo e corta algumas das unidades de conservação do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense, como o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e a área de Proteção Ambiental de Petrópolis. Durante todo o percurso, o destaque são os diversos ecossistemas associados ao bioma Mata Atlântica. A trilha é ideal para a prática de montanhismo, caminhadas, contemplação, recreação e lazer.

TRILHA DOS CANYONS - Situado no Rio Grande do Sul, o percurso, que possui extensão de 127 quilômetros, pode ser feito a pé ou de bicicleta em até cinco dias. Passa por diversos municípios do litoral norte gaúcho, abrangendo as cidades de Torres, Mampituba, Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Três Forquilhas e Itati. O principal objetivo da trilha é favorecer a conservação ambiental na zona de amortecimento do Parque Nacional de Aparados da Serra, integrando diversas comunidades e desenvolvendo turismo ao longo dessas localidades.

TRILHA SUCUPIRA - No coração do Brasil, a Trilha Sucupira é uma ótima opção para os turistas de Brasília (DF). Com cerca de 36 km de extensão, o trajeto é um dos maiores que percorrem a capital federal. Na trilha, os visitantes podem ter contato direto com atrativos e espécies nativas do Cerrado. A Floresta Nacional de Brasília, situada a menos de 30 minutos do centro da capital, é a unidade de conservação com a maior quilometragem de trilhas de mountain bike sinalizadas do país.

TRILHA TRANSMANTIQUEIRA - Os visitantes dos estado de São Paulo, Rio de Janeiro e de Minas Gerais também podem aproveitar as belezas naturais desta trilha. Com cerca de 1.200 km de extensão, a Transmantiqueira inicia-se na cidade de São Paulo (SP), chegando a diversos municípios da região. Por um lado, o caminho passa pelo Parque Estadual da Cantareira e cruza dezenas de unidades de conservação até chegar na cidade mineira de Aiuruoca. Do lado oeste, a trilha adentra o Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais, e termina na famosa Janela do Céu, um dos pontos mais altos do local. Já ao norte, o percurso segue até o município de Itumirim (MG), passando antes pela Chapada das Perdizes e por Carrancas.

TRANSCARIOCA – A trilha cruza a cidade do Rio de Janeiro por um percurso de aproximadamente 180 km, saindo da Barra de Guaratiba até o Morro da Urca, aos pés do Pão de Açúcar. Entre os pontos de interesse dos turistas estão os mirantes para inúmeros atrativos da cidade, como o Corcovado e Copacabana. A trilha pode ser percorrida na sua integralidade ou em partes, de acordo com o interesse, aptidão e disponibilidade de tempo dos visitantes. Atualmente, nove unidades de conservação estão interligadas pelo percursos, como o Parque Natural Municipal de Grumari, o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca.

CAMINHOS DE CORA CORALINA - Com 333 km de extensão, o percurso passa por diversas cidades históricas do estado de Goiás, como Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e a Cidade de Goiás, abrangendo também os municípios de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí. A trilha de longo curso, idealizada em 2013, encanta os turistas com muita natureza, povoados locais e diversos atrativos para os adeptos do ecoturismo. O caminho surgiu com o propósito de interligar os municípios, fazendas e atrações da região. Tudo isso é percorrido por antigos caminhos, numa expedição turística para ser aproveitada pelos viajantes caminhando ou pedalando.

CUIDADOS AO FREQUENTAR – Apesar de ser conhecido pelo sol e calor, o verão brasileiro também conta com chuvas e precipitações. Para evitar acidentes durante o passeio é importante seguir dicas simples de segurança e prestar atenção na previsão do tempo. Como a época é também de chuvas, pedras e caminhos tendem a ficar mais escorregadios. Além disso, a precipitação nas cabeceiras e nascentes de rios pode provocar aumento repentino do fluxo, as chamadas trombas d'água.

RECOMENDAÇÕES - Evite fazer trilha sozinho ou, quando em grupo, dispensar o guia. Essas opções aumentam o risco de se perder no caminho ou de escolher uma trilha perigosa. O ideal é sempre fazer o passeio em grupo. No mínimo duas pessoas. Além disso, é fundamental levar o celular 100% carregado. Em caso de acidente é possível voltar ao ponto coberto por antenas e ligar para o resgate.

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