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Capital

No segundo dia, greve nos Ceinfs atinge 80%, diz sindicato

Luciana Brazil | 16/05/2012 09:34
Na manhã de terça-feira (15) funcionários se reuniram na sede do sindicato. (Foto:Pedro Peralta)
Na manhã de terça-feira (15) funcionários se reuniram na sede do sindicato. (Foto:Pedro Peralta)

Os funcionários dos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e Cras (Centro de Referência e Assistência Social), em Campo Grande, seguem em greve na manhã desta quarta-feira (16). Cerca de 85% dos Ceinfs da cidade já aderiram à greve, 5% deles estão totalmente paralisados, conforme informou a presidente do Senalba/MS (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Joana Barreto Pereira.

Uma comissão de vereadores - Alex (PT), Flávio Cesar (PT do B), Paulo Siufi (PMDB) e Prfª Rose (PSDB) - convocou as empresas terceirizadas pela Prefeitura - Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária), além da SAS (Secretaria de Assistência Social) para uma reunião na Câmara, na manhã de hoje, para discutir o impasse.

Como a maior parte dos funcionários do Cras é concursada, a adesão também é menor nesses locais. Segundo Joana, 50% dos Centros de Referência estão em greve parcial. “Algumas recreadoras aderiram. Mas por medo de serem demitidas, muitas não estão em greve. Alguns Cras não estão em greve, justamente porque têm os concursados e também porque algumas funcionárias não aderiram”, revelou Joana.

Conforme a sindicalista, a paralisação teve a adesão de profissionais contratados pelas empresas Omep e Seleta, conveniadas com a SAS.

O encontro na Câmara tenta abrir uma discussão entre a categoria, as empresas e a secretaria. A greve foi motivada após a negativa das conveniadas e da SAS em aceitarem, ao menos, uma negociação. “Elas estão ignorando o sindicato”, afirmou Joana.

A presidente do sindicato explica que a SAS é responsável pelas contratações e por isso deveria responder as negociações

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, reajuste salarial de 14 %, como o que é concedido aos servidores da prefeitura (concursados), férias coletivas, plano de saúde, cesta básica e aumento diferenciado dos auxiliares administrativos.

“Os funcionários que exercem as mesmas funções recebem salários bem diferentes. Ontem (terça-feira) eu conversei com alguns pais e eles se mostraram solidários com a paralisação. Ele disseram que não sabiam do valor dos salários que os funcionários recebem”, contou Joana.

Em Campo Grande, mais de 19 mil crianças são atendidas pela categoria. São 97 Ceinfs, que atendem crianças de 1 a 4 anos, e 19 Cras, que atendem crianças de 6 a 18 anos.

No total, 2,5 mil pessoas são contratadas pela Omep e Seleta. A sindicalista não soube ainda informar o número de profissionais que entraram em greve.

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