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A busca incessante

Por Heitor Freire (*) | 28/01/2014 09:01

Desde que o mundo é mundo, desde quando o homem se sentiu como um ser dotado de vontade, de desejos e de consciência, há uma busca incessante em procura da sua origem, do seu Deus, da explicação para a sua existência.

Desde o princípio foram sendo criadas leis, religiões, filosofias, todas com a finalidade de proporcionar ao ser humano um código de conduta que lhe permitisse conviver com seu semelhante de forma harmônica e igualitária ou deturpada para conceder a alguém, o domínio de um povo, de um país, de uma comunidade, de um continente.

O mais antigo código que se conhece é o Código de Hamurabi promulgado em 1752 antes de Cristo pelo imperador da Babilônia (Mesopotâmia), e que leva o seu nome. Ele teve como base a lei do talião: “Olho por olho, dente por dente”, dele se derivaram diversos outros documentos. Essa penalidade não tinha recurso, era determinativa. Com a evolução da humanidade esses mecanismos foram sendo suavizados. A lei mosaica adotava o mesmo princípio. Até que veio Jesus e nos deixou como orientação o mandamento maior: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”.

Entendo que a Alta Espiritualidade, a Ordem Maior que rege todo o Universo, dentro de seus propósitos suscita a encarnação de seres de elevada estirpe, para ao longo dos tempos, em cada época, em cada país, em cada povo, para conduzir a humanidade. Daí o nascimento das diversas religiões.

As filosofias que tiveram o seu auge na Grécia antiga no século V antes de Cristo, tendo como expoentes máximos Sócrates, Platão e Aristóteles se constituíram na base do pensamento ocidental. E tinham como ensinamento básico o: “Conhece-te a ti mesmo”. Esse período, as imediações do século V, foi uma época de ouro na história da humanidade. Viveram nesse período, Hipócrates, Sócrates, Platão, Aristóteles e Pitágoras na Grécia, na Índia, Buda, na China, Lao-tsé e Confúcio.

As religiões conhecidas e que permanecem no tempo e no espaço, são a tradicional chinesa, o hinduísmo, o judaísmo, o budismo, o cristianismo e o islamismo.

Essa busca, ao longo dos tempos, foi se cristalizando nas diversas denominações religiosas que compõem o universo humano. Todas elas propiciam a seus adeptos um ordenamento que buscam oferecer basicamente um código de conduta.

O cristianismo foi se dividindo inicialmente entre católicos, protestantes e ortodoxos. O islamismo logo depois da morte do profeta Maomé se dividiu entre sunitas e xiitas, divisão que permanece até hoje. As demais religiões permaneceram mais ou menos compactas ao longo dos tempos. Mas, a interpretação de suas doutrinas variaram naturalmente.

O cristianismo foi abrigando novas mudanças como aconteceu com o espiritismo, codificado pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, que ficou conhecido como Allan Kardeck. O espiritismo, que se difundiu por todo o mundo, abriu um novo entendimento da vida e da sua evolução na espiritualidade, dando um alento ao ser humano e através da revelação da reencarnação libertou-o do medo da morte, dando-lhe uma certeza da continuidade após este evento.

Enfim, vários são os caminhos que o ser humano tem percorrido na busca incessante em direção à verdade. A mesa está posta, cada um pode se servir como melhor lhe aprouver.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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