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A questão do uso

Por Heitor Freire (*) | 27/01/2020 12:33

Segundo a física quântica – que estuda os fenômenos relativos às partículas menores que os átomos, como elétrons, prótons, moléculas e fótons – tudo que existe se deve à irradiação da Energia Única – procedente de uma mesma fonte –, que permeia todo o Universo e que como tal envolve tudo que existe.

Assim, todos nós somos partículas emanadas dessa mesma fonte, tendo manifestações iguais em todos os seres. Daí que não há diferença entre os seres humanos. As diferenças criadas pelas religiões – que se auto proclamam, cada uma, serem a única verdadeira –, se infiltraram no inconsciente coletivo, causando guerras e lutas que envolveram a humanidade em disputas sem fim.

Quando entendemos que somos entes emanados de uma mesma fonte começamos a olhar nossos semelhantes como seres iguais e irmãos. Desaparecem as diferenças de religião, raça – aliás só existe uma raça, a humana –, etnia, cor, etc. TODOS SOMOS UM.

Há então uma ligação de tudo com tudo, uma relação entre a física quântica e a espiritualidade, de modo que a força do pensamento exerce um grande poder sobre a realidade de cada pessoa –, o que nos torna de acordo com as práticas corretas capazes de alterar o mundo ao nosso redor.

Numa rápida pesquisa na internet, verificamos que vários físicos de renome internacional relacionam os princípios da física quântica com as teorias sobre a consciência e o poder do pensamento como construtores da realidade.

Em suma, a mente teria uma capacidade profunda de influenciar na disposição das micropartículas atômicas em volta das pessoas, no modo como elas se comportam e na maneira com que constroem a própria realidade. Para os estudiosos que acreditam nessa ideia, as intenções das pessoas influenciariam a construção da realidade física.

Pois é, esta teoria que hoje empolga os estudiosos cada vez mais, na realidade não tem nada de novo. Hermes Trismegistus, rei, sacerdote e juiz, o Tríplice Coroado do Egito Antigo, em 2.700 anos antes de Cristo, já havia formulado os sete princípios herméticos assim enunciados:

1) Mentalismo: “O Todo é Mente; o Universo é Mental”.

2) Correspondência: “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”.

3) Vibração: “Nada está parado, tudo se move, tudo vibra”.

4) Polaridade: “Tudo é duplo; tudo tem dois pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados”.

5) Ritmo: “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”.

6) Causa e Efeito: “Toda causa tem seu efeito, todo efeito tem sua causa; tudo acontece de acordo com a Lei; o acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à Lei”.

7) Gênero: “O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos”.

Ou seja, tudo está estabelecido há muito tempo. Só precisamos compreender e colocar em prática. É aí que entra a questão do uso. Conhecer é uma coisa, usar com sabedoria é outra.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.(Ecl 1,9)

Heitor Rodrigues Freire é corretor de imóveis e advogado.

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