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As eleições em Dourados e o dilema das candidaturas

Por Ivo Campos (*) | 08/06/2012 08:22

Comentam-se nos bastidores da política local que, se nas eleições municipais que aproximam, forem apresentadas várias opções para a disputa da Prefeitura de Dourados, quem sairá ganhando é a população, visto que haverá mais reuniões, debates e comentários acerca dos candidatos (as) e de seus principais programas e projetos para atacar os principais problemas que atingem a grande maioria da população. Com exemplo, podemos apontar a Saúde Pública, que hoje, segundo noticiários da imprensa local, encontra-se a beira do caos, e que necessita de medidas que não sejam apenas paliativas, mas sim ações mais concretas, que vão ao encontro de tais problemáticas, ou seja, a gestão da pública deste setor em Dourados.

É preciso que haja várias opções de escolha para prefeito, ou prefeita, da segunda maior cidade do estado. Que os postulantes dessa tão cobiçada cadeira não fiquem apenas nos discursos, das “promessas”, mas que realmente apresentem projetos, pautado em estratégias mais eficazes, no tocante ao gerenciamento de todos os serviços públicos.

Outra pauta, não menos importante, é que raramente se comenta, é quanto ao “inchamento” da máquina administrativa, principalmente em cargos “comissionados”, com salários elevados, tudo pago com as arrecadações de impostos e tarifas.

O agravante é que os “chupins e parasitas” da política, que já se tornaram profissionais, recebem altos salários e pouco produzem em benefícios da população. Quem dera se o dinheiro gasto com esse pessoal fosse investido em serviços essenciais, em benefício do povo, não restaria à menor dúvida que nossa cidade, estado e país estariam bem melhor.

Além desse problema, há outro talvez muito mais grave, trata-se dos elevados custos das obras públicas construídas com recursos retirados da população, e que no Brasil saem com preços elevadíssimos, tudo para financiar as benesses que emergem dos meandros das obras públicas.

Portanto, pelo que vemos nos noticiários de TV e lemos em jornais e revistas, o que eleva o custo das obras não é a inflação, mas sim as propinas, os chamados retornos, principal força motriz da corrupção e maior chafariz do dinheiro público.

Retomando a questão local, com exceção da criação da Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Dourados – Agetran, não há um estudo mais aprofundado acerca da implantação de um sistema de trânsito eficiente e moderno, que contemple o fácil acesso aos condutores de veículos automotores, ciclistas e pedestres. Necessitamos também de um debate mais aprofundado sobre a questão do atual sistema de transporte coletivo, visto que esse modelo de transporte e baldeação encontra-se totalmente obsoleto, deficitário e hoje não corresponde mais aos anseios da comunidade.

Nota-se que uma campanha eleitoral com opções de escolha e, sobretudo, com debates sobre os principais problemas que afligem a população, proporcionará melhores condições de escolhas. Um pleito eleitoral com candidatos discutindo, fazendo contrapontos e ponderações, é fundamental para nortear o voto da população. Caso contrário, possivelmente, poderá ocorrer uma catástrofe ao lançar “chapa única”, onde os eleitores terão apenas que comparecer às urnas para referendar o nome de uma pessoa que irá administrar a cidade por mais quatro anos, sem que houvesse debate algum.

Caso isso venha a ocorrer, nossa cidade poderá cair num marasmo político/administrativo, haja vista que, mais uma vez, o prefeito escolhido não terá o respaldo de que necessita para governar, já que não houve disputa muito menos debate. Tudo isso faz sentido, na medida em que a população espera que nos horários nobres e caros da TV não tenha apenas um candidato tentando justificar aos douradenses: Que “tudo que fizemos foi pensando no melhor para Dourados”...

(*) Ivo Campos é professor.

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