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Educação, uma questão vital

Por Benedicto Ismael Camargo Dutra (*) | 02/03/2017 08:51

O que poderemos ter no atual ambiente de decadência geral e desmotivação? Sem bom preparo dos jovens não haverá futuro. É preciso formar o ser, combater o apagão mental e o desinteresse pela vida, desenvolver o raciocínio lúcido.

Precisamos redespertar o sonho de manter o planeta em constante melhora e trabalhar com seriedade e equilíbrio para o efetivo progresso da humanidade. O salário encolhe e fica comprimido, mas os reajustes de preços prosseguem, resultando no empobrecimento e precarização geral.

Há uma bagunça horrorosa que tende para desordem quando se evidencia a falta de sinceridade dos líderes e as esperanças se desvanecem. O desemprego é um fantasma que vem crescendo continuadamente. Hoje, ainda não desfrutamos da liberdade plena, mas em muitos países nem isso é permitido.

As pessoas vivem acomodadas num círculo fechado com poucos incentivos para buscar a verdade; apenas alguns ainda fazem reflexões sérias e sinceras. O ser humano não pode continuar caminhando pela vida às cegas. Qual a origem da vida? O que precisamos fazer para encontrar as respostas certas? A lógica de tudo está na pouco estudada atuação das imutáveis leis da Criação.

Na verdade, ainda entendemos pouco o significado da existência. A geração de seres humanos é uma das questões mais importantes da humanidade, mas seu estudo, envolvendo a sexualidade e a responsabilidade, não foi desenvolvido com a necessária seriedade, e mesmo com a queda do tabu do sexo, permanece a ignorância e pouco se sabe sobre seus mistérios, encarnação e nascimento.

A liberdade é inata no ser humano. A escravização é antinatural. A liberdade plena requer o saber amplo sobre o significado da vida. "Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”. Mas onde buscar a luz da verdade neste mundo dominado pelo dogmatismo e teorias engendradas pelo raciocínio, impostas coercitivamente aos seres humanos?

A nossa alegria está na criação e realização, com a utilização das potencialidades que dispomos, mobilizadas pelo querer. Alegramo-nos com as melhorias que vamos introduzindo em nossa atividade; isso é o criar.

Na vida atual, são poucas as atividades que permitem isso; são poucas as pessoas que sentem essa alegria proveniente do criar em meio a tanto mecanicismo e rotinas rígidas que vão encolhendo a capacidade de pensar e refletir com clareza e de forma oportuna. Mas temos de estar atentos, afinal somos seres humanos dotados de espírito e raciocínio. Não podemos viver como robôs e continuar caminhando pela vida às cegas.

Educação e preparo para a vida, uma questão vital que deveria receber mais atenção. Países atrasados querem se industrializar com o controle nas mãos do governo, gastam muito para pouco resultado. Deveriam observar que com mão de obra despreparada é difícil.

Por que, ao lado de esforços para industrialização, não desenvolvem um sistema de subsistência condigno com a construção de moradias, saneamento, produção de alimentos, formação de professores, em vez de permitir a formação das horrorosas aglomerações de moradias e pessoas precárias?

As teorias proliferam em todos os campos, desenvolvidas por mentes ativas, introduzindo nomenclaturas pomposas, mas com falta de clareza. O importante é olhar para a realidade e saber como as coisas funcionam. Grandes fortunas não foram geradas por teorias, mas com expertise negocial, oportunismo e uma dose de rapinagem. As sociedades deveriam estar aptas a organizar a utilização de seu espaço de forma equilibrada e possibilitar vida condigna aos seus habitantes com liberdade e responsabilidade.

(*) Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, articulista, palestrante e escritor

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