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Empreendedorismo no Brasil: a força está nos pequenos negócios

Por Glauber Halt (*) | 26/05/2015 13:03

O empreendedorismo tem ganhado notoriedade no mundo dos negócios. Muito em função das inovações tecnológicas (tecnologia e processos), globalização e principalmente do aumento da competitividade, seus fundamentos e aplicabilidade estão sendo direcionados, principalmente, para as microempresas e empresas de pequeno porte no Brasil, consideradas a “base” da economia brasileira.

Para se ter uma ideia, os micro e pequenos negócios somam um número expressivo: aproximadamente 99% dos estabelecimentos empresariais existentes no país.

De acordo com a Taxa de Atividade Empreendedora (TEA), o Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países que possuem a maior quantidade de empreendedores no mundo. Em números absolutos, essa taxa significa aproximadamente 10 milhões de empreendedores.

Vale ressaltar ainda, algumas características em torno do estímulo que levam as pessoas a empreender. Em relação à motivação para empreender no Brasil, esse não é um fator primordial quanto a dez anos atrás. Para dar certo ou pelo menos aumentar a expectativa de vida do negócio o empreendedor tem que estudar e conhecer o negócio. Eu costumo falar que para dar certo precisa de 20% de paixão e 80% de transpiração.

Essas estatísticas demonstram a atual estrutura econômica do Brasil em torno da rigidez do mercado de trabalho, ou seja, as ofertas de trabalho insuficientes e seletivas acabam favorecendo a migração do empregado para a condição de “dono do próprio negócio”, principalmente, estimulado pela necessidade e oportunidade.

Entretanto, apesar dessa migração acontecer de maneira progressiva, a adoção de estratégias administrativas de negócios tem se mostrado um dos grandes pontos críticos para o fortalecimento das microempresas e empresas de pequeno porte, especificamente os que estão iniciando sua atividade empresarial, cujas debilidades gerenciais e dificuldades de acesso a mercados são agravados pela pouca ou nenhuma experiência como gestor da parte dos empreendedores.

Com isso, é necessário que políticas públicas de apoio às microempresas e empresas de pequeno porte estimulem ainda mais o empreendedorismo e a profissionalização, de forma que se crie um ambiente mais favorável e que os empresários possam ter condições de aperfeiçoamento técnico-gerencial. A universidade nunca foi tão importante nesse processo como hoje. Pelo menos 10% dos alunos de todas as turmas que leciono são empreendedores, cansaram de serem funcionários e resolveram seguir em voo solo.

(*) Glauber Halt, professor Pós-Graduação da Anhanguera-Uniderp e MBA em Negócios, Projetos e Marketing e Vendas.

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