ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
AGOSTO, SÁBADO  02    CAMPO GRANDE 24º

Diversão

Bar na Vila Morumbi se torna nova casa do choro em Campo Grande

No Escritório Bar, mesas pertinhas umas das outras completam o clima caloroso

Por Fernanda Palheta | 02/08/2025 17:25
Bar na Vila Morumbi se torna nova casa do choro em Campo Grande
Tendas na calçada aumentam a capacidade do público no Escritório Bar (Foto: Henrique Kawaminami)

A esquina entre as ruas Assunção e Spipe Calarge, no Bairro Vila Morumbi, é a nova casa do choro em Campo Grande. Com mesas cheias, uma pertinho da outra, o Escritório Bar Cultural se tornou lugar de reencontro de chorões antigos e também recebe quem nunca frequentou as rodas.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Escritório Bar Cultural, localizado na esquina das ruas Assunção e Spipe Calarge, na Vila Morumbi, se tornou o novo ponto de encontro para os amantes do choro em Campo Grande. O bar, que já oferecia música ao vivo, intensificou sua programação dedicada ao gênero há um ano e meio, atraindo tanto veteranos quanto novos apreciadores.Com a revitalização da Confraria do Choro de Mato Grosso do Sul, o bar agora promove mensalmente o Encontro de Choro, reunindo grupos renomados da região. Frequentadores destacam a importância do choro como patrimônio cultural e a satisfação de ter um espaço dedicado ao ritmo, que promove a união e a troca entre músicos e o público.

O proprietário do bar, Luciano Yonaka, de 52 anos, conta que o estabelecimento nunca deixou de ter música ao vivo, mas a dedicação ao choro começou há cerca de um ano e meio, com apresentações nos dias de semana. O movimento ganhou força com a volta da Confraria do Choro de Mato Grosso do Sul e uma programação fixa.

Seguindo os passos do primeiro grupo, as apresentações começaram aos domingos, passaram para a sexta-feira, mas se consolidaram no almoço dos sábados, acompanhadas de feijoada e porções típicas de boteco.

“O pessoal sentia falta de um lugar específico para o choro, para ter esse movimento. Tem uma grande carência de alguns ritmos, porque há poucos espaços. E a gente ouviu de pessoas que já frequentavam, antes mesmo desse movimento do choro”, conta.

Agora, uma vez por mês, o bar recebe o Encontro de Choro, com a apresentação de diversos grupos. Na terceira edição, neste sábado (2), a programação reuniu nomes consagrados do cenário regional, como Quinteto Virgisanta, Quarteto Samba Choro, Trio Vibrações e Som Que Chora.

Bar na Vila Morumbi se torna nova casa do choro em Campo Grande
Músico do grupo Trio Vibrações durante apresentação neste sábado (2) (Foto: Henrique Kawaminami)

A bailarina Beatriz de Almeida, de 67 anos, sempre frequentou as rodas de choro da cidade. Ela lembra de quando os encontros aconteciam em um quintal na Vila Alba e, hoje, dez anos depois do fechamento da primeira versão da Confraria, ela revê quem, assim como ela, sempre seguiu o som das cordas.

“Frequento a Confraria desde sempre, então eu conheço a galera praticamente toda que está aqui. É como se fosse uma família que está se reencontrando”, comparou. “O choro é um patrimônio da nossa cultura. É algo que não pode ser esquecido e precisa ser preservado”, defende.

O estudante Miguel Ramos Soares, de 20 anos, teve o primeiro contato com o ritmo nas aulas de música, onde aprendeu a tocar guitarra. Mesmo com o instrumento típico do rock, o choro sempre foi referência de técnica. “Meus professores me passaram músicas para aprender, e muitas eram chorinhos”, lembra. Essa foi a primeira roda de choro que ele frequentou. “Estou gostando, é muito bom ver que tem muita gente aqui, curtindo e apreciando o som”, completa.

O convite veio do amigo, o professor de música Felipe dos Santos Carvalho, de 19 anos, que ficou sabendo do encontro por meio de músicos que iriam se apresentar. Ao contrário de Miguel, Felipe cresceu ouvindo chorinho dentro de casa.

Bar na Vila Morumbi se torna nova casa do choro em Campo Grande
Professor de música, Felipe, de 19 anos, e o estudante Miguel, de 20 anos, (Foto: Henrique Kawaminami)

“Conheci pelos meus pais, meu pai toca chorinho também, então ouço desde pequeno”, conta. “Chorinho é o gênero que mais representa o Brasil. A união que o pessoal faz… tenho certeza de que daqui a pouco vai juntar todos os grupos que vão tocar. Vai ser a caneta da resenha, então achei bem legal”, disse.

Já a professora Aline Serzedillo, de 36 anos, encontrou o bar por meio das indicações de amigos. Ela não é de Campo Grande e, assim que se mudou do interior de São Paulo, perguntou onde havia lugares com música ao vivo.

“A gente sai realmente para prestigiar os músicos e as musicistas da cidade, os artistas locais”, afirma. Para ela, o “clube do choro” não é novidade; o grande diferencial é manter o espaço para o ritmo. “É a reunião de grupos e pessoas diferentes que tocam choro, e que se sentem super à vontade para tocar juntos. O público tem o privilégio de ver diferentes escolas, modos de tocar, repertórios ou formas de processar a música de cada um. É fascinante”, finaliza.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News