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Momento de reformas

Por Paulo Afonso Ferreira (*) | 13/04/2017 14:42

Crises estimulam o aprimoramento e devemos vê-las como oportunidades. O Brasil passou por várias, que trouxeram instrumentos para suprir lacunas, como: a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a Constituição Federal de 1988, que tiveram suas importâncias e contribuições, mas ainda há obstáculos que o Estado não conseguiu romper.

Somos reconhecidos pela burocracia e complexidade de leis, sendo imprescindíveis a realização de mudanças no âmbito das relações do trabalho, da previdência, da legislação ambiental, tributária, política, entre outras.

O desafio da gestão pública é conduzir suas estruturas com governança e eficiência, evitando aumento de tributos, pois a sociedade não aguenta os excessos, que elevam o custo da produção, desestimulam a geração de empregos e reduzem o poder de compra da população. O governo federal tem apresentado propostas de reformas que merecem ser apoiadas como alternativas para a retomada do crescimento, pois o atual modelo não é sustentável.

É justo o reconhecimento nas ações de modernização das leis do trabalho e da previdência, bem como ao Congresso Nacional pela aprovação do projeto de terceirização. A sociedade precisa se conscientizar que o cenário é complexo e exige medidas duras. Vários países chegaram ao patamar de desenvolvimento pelo senso de urgência e coragem de mudar.

Forças políticas e contrárias, movidas a interesses partidários e corporativistas, estão se movimentando, em detrimento dos interesses coletivos. Minorias organizadas tentam desvirtuar a realidade, com informações infundadas e falsas, como ao afirmar que a terceirização irá causar desemprego e precarização das relações de trabalho e que as reformas trabalhista e previdenciária irão acabar com direitos dos trabalhadores.

O trabalho dignifica o ser humano e o mais importante neste momento é se buscar a sobrevivência das empresas e a redução do desemprego.

Mitos e desinformações precisam ser combatidos para que a verdade prevaleça e seja feito aquilo que é melhor para o Brasil. Precisamos de união, diálogo e desapego a ideologias, pois estamos todos no mesmo barco e se não forem implementadas mudanças no curto prazo, todos pagaremos a conta, que tem se tornado cada vez maior.

(*) Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI e diretor-geral do IEL (Instituto Euvaldo Lodi)

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