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O Brasil atrativo ao capital externo

Por ândido Vaccarezza (*) | 26/01/2013 10:15

O Brasil continuará a receber investimentos externos em 2013, apesar das profecias catastrofistas dealguns da oposição e da mídia. Um estudo realizado pelo International Business Report (IBR), divulgado pela empresa global de consultoria Grant Thorton, concluiu que cerca de 20% das empresas multinacionais planejam investir em diferentes áreas da economia brasileira. De acordo com esse estudo, os mais interessados em ampliar a presença no Brasil são empresas espanholas, americanas e argentinas.

Ainda segundo o relatório do IBR, devido aos problemas econômicos vividos pela Europa, Estados Unidos e Japão, os países emergentes continuam aparecendo como prioridades nas estratégias de investimentos dos grandes conglomerados multinacionais. A pesquisa mostra que quase 60% dos setores industriais planejam investir em pelo menos um das cinco economias emergentes (Brasil, China, Índia, Rússia e México).

O Brasil aparece como beneficiário das intenções de ampliação de investimento externo por várias razões, entre as quais se destacam as obras de infraestrutura que estão sendo realizadas para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016; a descoberta de vastas reservas de petróleo na camada do pré-sal e o crescimento da capacidade de consumo de cerca de 30 milhões de brasileiros que foram incorporados ao mercado pelas políticas sociais dos governos Lula e Dilma.

Outro dado interessante do relatório do IBR é que as empresas dos países emergentes demonstram grande confiança nos seus negócios – nada menos que 34% das empresas do Brasil, China, Índia, Rússia e México – num forte contraste com o que acontece no chamado Primeiro Mundo, onde a confiança das empresas nesses países chega apenas a 3%. Como resultado dessa percepção, 79% das empresas dos países prevêem faturar mais no próximo ano e 68% acreditam que seus lucros serão maiores.

No Índice de Oportunidades nos Mercados Emergentes, ranking do IBR que traz indicadores como tamanho da economia, população, participação no comércio global e perspectivas de crescimento, entre outros, o Brasil aparece em 4º lugar, depois da China, Índia e Rússia.

Um dos reflexos dessa percepção é o fato de que, em 2013, o Brasil deverá ser o país que mais aumentará as contratações, segundo pesquisa da CareerBuilder. De acordo com essa pesquisa, 71% das empresas brasileiras pretendem aumentar o número de funcionários, enquanto 20% não planejam mudanças e apenas 5% pretendem realizar cortes.

Depois do Brasil, vem a Índia (67% das empresas pretendem contratar); a China (52%) e a Rússia (48%). Já as economias europeias apresentam as maiores perspectivas de demissões; na Alemanha, por exemplo, apenas 29% das empresas querem contratar novos funcionários.

Além disso, 80% dos empresários brasileiros entrevistados disseram que suas empresas estão melhor financeiramente em relação a um ano atrás.

Eses números desmentem uma acusação freqüente da oposição, de que a “interferência excessiva” do governo na economia e a “ausência” de uma política econômica consistente explicariam a diminuição de investimentos estrangeiros no Brasil. Sem o apoio de fatos, esses porta-vozes do fim do mundo agitam fantasmas como a volta da inflação e a fuga de capitais para justificar a volta das velhas políticas neoliberais – coisa que até mesmo seus inventores na Europa e Estados Unidos já descartaram.

(*) Cândido Vaccarezza é deputado federal (PT-SP).

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