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O meteoro de Corumbá

Por Gilson Cavalcanti Ricci (*) | 17/10/2012 10:57

 A saga de Alcides Bernal nas urnas nos leva a crer na existência de uma misteriosa força mística a determinar o domínio massivo de umas pessoas sobre as outras, sobretudo no campo da política. Em eras passadas, tal vaticínio levou ao delírio multidões a aclamarem um Getúlio Vargas, ou um Jânio Quadros, por exemplo. Agora, em nossas plagas, surge um novo semi-deus das urnas a provocar pânico a seus adversários. Voará mais alto, sem dúvida alguma!

Ao longo dos anos no rádio campo-grandense, Bernal madrugador sempre se fez ouvir por milhares de pessoas, que levantam cedo para trabalhar. É comum ouvi-lo nesse horário nos ônibus urbanos e nos ambientes de trabalho. É um dos ícones da Colônia Paraguaia de Campo Grande, que ajudou a crescer com o seu trabalho atuante em conjunto com o combativo advogado Albino Romero, e outros paraguaios abnegados, voltado sempre aos interesses da coletividade paraguaia residente em nossa cidade.

Alcides Bernal encarna o espírito jovem - o sangue novo a trazer esperança de mudanças, precipuamente no âmbito social de nossa querida Cidade Morena -. A este mister, Bernal, em sua campanha eleitoral, encampa a saúde pública como sua principal meta administrativa, com o que concordo plenamente, pois esse problema aflige a população pobre, que nem sempre encontra o atendimento adequado ao tratamento médico e hospitalar que necessita para linimento de seus males – uma lástima!

    Em outro ângulo, anoto que Campo Grande - como está atualmente -, não exigirá muito esforço do próximo alcaide a administrá-la, haja vista o bom tratamento recebido  nestas últimas décadas, quando a cidade foi premiada com melhoramentos urbanos de excelente repercussão na boa qualidade de vida de seus moradores. Basta o novo prefeito preservar a boa urbanização que aí está, e assim terá mais folga para dedicar-se à melhoria da saúde pública, na proporção que lhe cabe no art. 198 da CF/88, que impõe dever aos governos federal, estadual e municipal a disporem de verbas próprias para a instituição de unidades de saúde pública em cada município.

Reabre-se agora a jornada do segundo turno. Esperamos que ambos os candidatos ofereçam seus projetos administrativos sem apelação à demagogia. Aquele que melhor sintonizar-se com a vontade do eleitorado, levará a melhor. Bernal já tem a seu favor a meteórica ascensão nas urnas, necessitando apenas manter a perfomance do primeiro turno. Girotto, apesar de sua comprovada experiência na espetacular urbanização de Campo Grande, deve armar-se do sexto sentido para convencer os eleitores a virar o jogo, mostrando-lhes seus propósitos de administrar a cidade com a mesma capacidade de trabalho com que planejou em sua prancheta belas avenidas, parques floridos, áreas verdes e ciclovias, que oferecem aos moradores da cidade opções de lazer, além de excelente qualidade de vida.

(*)  Gilson Cavalcanti Ricci é advogado

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