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Cidades

Agora como Motiva, CCR promete que vai iniciar obras na BR-163 ainda em junho

Empresa diz que antecipará obras antes mesmo da assinatura oficial do novo contrato, prevista para agosto

Por Jhefferson Gamarra e Guilheme Correia, de São Paulo | 22/05/2025 14:18
Agora como Motiva, CCR promete que vai iniciar obras na BR-163 ainda em junho
Vice-presidente de rodovias da Motiva, Eduardo Camargo (Foto: Guilherme Correia)

Com o leilão encerrado e a concessão da BR-163 oficialmente mantida com a CCR, agora rebatizada como Motiva, a empresa anunciou que pretende iniciar as obras previstas no novo contrato ainda em junho, antes mesmo da assinatura formal do aditivo contratual, marcada para o início de agosto. A informação foi confirmada pelo vice-presidente de rodovias da companhia, Eduardo Camargo, durante o evento desta quinta-feira (22), realizado na sede da B3, em São Paulo.

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A CCR, agora rebatizada como Motiva, anunciou o início das obras na BR-163 ainda em junho, antes da assinatura formal do aditivo contratual, prevista para agosto. A empresa promete maior eficiência e transparência após críticas ao contrato anterior, que duplicou apenas 150 km dos 800 km prometidos. O novo contrato prevê investimentos de R$ 17 bilhões até 2054, com foco em duplicações, segurança e infraestrutura. O vice-presidente da CCR, Eduardo Camargo, destacou a importância da nova modelagem contratual, que visa solucionar gargalos e garantir benefícios para usuários e governo. A empresa já trabalha no planejamento das intervenções, com reuniões técnicas e ambientais adiantadas. A ANTT fiscalizará o cumprimento de prazos e metas, assegurando uma BR-163 mais segura e moderna.

A concessão da BR-163, uma das principais rotas logísticas do agronegócio no país, soma 845,9 km no Mato Grosso do Sul. Após 10 anos de críticas à execução do contrato anterior, que teve apenas 150 km duplicados de um total originalmente prometido de mais de 800 km, a empresa garantiu que agora o compromisso será cumprido com maior eficiência, transparência e agilidade.

Camargo afirmou que a nova modelagem contratual representa um marco para o setor de infraestrutura rodoviária. “Esse é um evento que a gente vem defendendo há muitos anos. Desde o governo de transição, quando fomos procurados para discutir os gargalos do setor, já deixamos claro que era necessário solucionar os contratos que estavam paralisados. Todo mundo estava perdendo: o acionista, o usuário da rodovia e o próprio governo, cuja credibilidade no programa de concessões estava sendo comprometida”, declarou.

Segundo ele, o contrato anterior havia se tornado insustentável, o que motivou o pedido de devolução feito pela CCR MSVia em 2019. A solução adotada pelo governo federal foi a da "otimização contratual", que consiste na repactuação de obrigações mediante novos parâmetros de tarifa, investimento e cronograma.

“O governo foi muito pragmático ao desenvolver essa solução. E não foi uma discussão fácil. Foram negociações técnicas, duras, e, ainda assim, rápidas, considerando a complexidade”, avaliou Camargo. “Não tenho dúvida de que o contrato da MSVia hoje é a melhor solução para o Estado de Mato Grosso do Sul e para o Brasil.”

Camargo afirmou que o planejamento das intervenções está adiantado. “Desde que iniciamos as discussões com o governo, nosso time tem trabalhado incansavelmente no desenvolvimento dos projetos. Fizemos reuniões com órgãos ambientais, com bancos financiadores e temos maturidade técnica suficiente para emitir a ordem de serviço já em junho”, garantiu. “Uma das premissas que colocamos foi: precisamos iniciar as obras imediatamente. A Motiva está pronta.”

O novo contrato estabelece um pacote de investimentos de R$ 17 bilhões até 2054. Desse total, R$ 9,3 bilhões deverão ser aplicados já nos primeiros nove anos, com foco na ampliação da capacidade da via e em melhorias de segurança. Entre as intervenções previstas estão 210 km de duplicações, 170 km de faixas adicionais, 141 obras de arte especiais (entre pontes e viadutos), 259 acessos, 128 pontos de ônibus, 44 passarelas de pedestres e 17 passagens de fauna.

A concessão também prevê gatilhos de tráfego, nos quais novas obras são acionadas conforme o aumento do fluxo de veículos. A empresa será monitorada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que terá a função de fiscalizar prazos e metas estabelecidos.

“Esse contrato traz benefícios concretos: investimentos maiores do que aqueles previstos nas relicitações, tarifa menor do que a anterior e cronograma antecipado. Nós fizemos o dever de casa e vamos devolver à sociedade uma BR-163 mais segura, eficiente e moderna”, concluiu Camargo.

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