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Cidades

Comissários e pilotos deflagram greve a partir do dia 19

Paralisação vai atingir decolagens nos aeroportos de São Paulo, Rio, Brasília, Fortaleza e BH, das 6h às 8h

Natália Olliver | 15/12/2022 16:46
Fluxo de passageiros no aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)
Fluxo de passageiros no aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)

O presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) Henrique Hacklaender informou, na tarde desta quinta-feira (15), que os comissários e pilotos entrarão em greve a partir do dia 19. A paralisação vai afetar as decolagens previstas nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, das 6h às 8h.

O Campo Grande News entrou em contato com a Infraero, empresa que atua na Capital para entender como a situação vai afetar as viagens de final de ano, feitas com escalas nos aeroportos incluídos na greve. Em resposta a companhia revelou que vai esperar a movimentação acontecer.

A deliberação a favor da greve foi aprovada por unanimidade, em assembleia convocada pelo SNA. O objetivo não é só a remuneração adequada, mas também o descanso que a categoria reivindica.

"Ninguém quer ter um voo com um piloto ou comissário cansados”. De acordo com o presidente, o que está sendo solicitado é que os funcionários em questão participem de maneira mais justa do lucro das empresas sobre passagens e serviços, que há anos vivem momentos mais rentáveis.

"Que possamos participar desse crescimento assim como lá atrás participamos da época de vacas magras e de grande dificuldade. É justo e pertinente o nosso pedido. Entendemos ser justo e razoável que os tripulantes tenham a garantia de que os horários de suas folgas serão respeitados, por exemplo, bem como que tenham um ganho real em seus salários, para compensar as perdas dos últimos anos”, frisou.

Hacklaender ressaltou que tinha esperança de que a categoria entraria em acordo com as companhias aéreas sem a necessidade de paralisações, mas o cenário não foi o idealizado.

“Para nossa surpresa trouxeram uma ideia de tranquilidade, conversavam sobre um termo de garantia, de uma data base. Nós entendemos que era possível chegar em um consenso. Na segunda reunião eles atrelaram a movimentação a meramente um aumento“ e utilizaram  a premissa 'se vocês trabalharem mais vão receber mais', isso sabemos, mas não é só isso que se trata”, pontuou.

Os tripulantes já participaram de movimentos como esse em anos anteriores, mas agora a situação só será encerrada caso sejam atendidas as solicitações. “Estamos cansados, não é possível que se passe ano após ano sem nenhuma evolução, nem financeira e nem social. Aparentemente é só assim que as empresas conseguem endereçar alguma coisa”, finalizou.

O presidente acrescentou que decolagens com órgãos para transplante, vacinas e enfermos a bordo prosseguirão normalmente.

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