Covid-19 já matou mais pessoas que síndromes gripais em MS este ano
O novo coronavírus tem menos casos registrados que outras infecções respiratórias, mesmo assim, levou mais gente à morte
Mesmo com menor número de casos confirmados, a covid-19 já vitimou mais pessoas em Mato Grosso do Sul este ano que outras infecções, como a gripe. Desde janeiro, foram oito óbitos decorrentes de síndromes gripais e 19 decorrentes do novo coronavírus.
Os casos de gripe são monitorados diante das ocorrências de Srag (Sídrome Respiratória Aguda Grave), que é causada principalmente por infecções gripais, mas vírus como o SarsCov2, da covid-19, também entraram no rol de causadores. Isso, porque um dos sintomas mais graves da nova doença é a redução da capacidade respiratória.
Assim, desde que o novo coronavírus infectou o primeiro humano em novembro do ano passado na China, casos de Srag passaram a ser monitorados mais de perto e o registro feito com mais rigor.
Em Mato Grosso do Sul, já são 1.951 casos contabilizados de Srag desde o começo do ano e oito mortes decorrentes dos vírus que causaram o quadro. Além da covid-19, a SES monitora a ocorrência da síndrome causada por Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, Influenza B, Metapneumovírus, Adenovírus, Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório e Parainfluenza 1, 2, 3.
Para se ter uma ideia, dos mais de 1,9 mil casos de Srag, 156 foram confirmados por algum tipo de Influenza ou síndrome gripal (78 especificamente de gripe e 78 de outras), cerca de 34 por covid-19 e 576 por outros vírus. Assim, ao menos 1.185 casos de Srag carecem de comprovação laboratorial para se confirmar sua causa.
Já a covid-19, tem 1.418 casos confirmados em Mato Grosso do Sul, mas já matou 19 pessoas, o que revela uma taxa de letalidade de 1,3%. O índice de letalidade das demais doenças que causam Srag é de 0,41%, levando-se em conta os 1.951 casos registrados.
Vale destacar que assim como a covid-19, tanto a gripe quanto os demais vírus causadores da Srag, atingem em sua maioria, pessoas entre 30 e 39 anos, mas a faixa etária comum de quem acaba falecendo da doença, é acima dos 60 anos.