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Cidades

De 90 para 18 casos, MS reduz drasticamente erros nos registros de homicídios

Atlas da Violência mostra que o Estado teve alto e baixos desde 2013, até passar a notificar direito os crimes

Por Ângela Kempfer | 12/05/2025 15:32
De 90 para 18 casos, MS reduz drasticamente erros nos registros de homicídios
Trabalho da perícia após morte no Jardim Centenário. (Foto: Marcos Maluf)

O Atlas da Violência 2025 mostra que Mato Grosso do Sul é um dos estados brasileiros que mais avançaram na identificação correta de mortes violentas. Entre 2013 e 2022, os chamados homicídios ocultos (mortes violentas por causa indeterminada - MVCI) que, segundo modelos estatísticos, deveriam ter sido classificadas como homicídios, eram grande problema para o Estado. Mas em 2023, último ano pesquisado pelo Atlas, a queda foi vertiginosa.

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Mato Grosso do Sul apresentou redução significativa na subnotificação de homicídios, segundo o Atlas da Violência 2025. Após atingir o pico de 90 casos de mortes violentas com causa indeterminada em 2022, o estado registrou apenas 18 em 2023, representando uma queda de 80%. Essa melhoria é atribuída à revisão das práticas de registro e investigação após pressão de pesquisadores. A queda expressiva interrompe uma tendência de crescimento observada entre 2019 e 2022. Comparando-se os extremos da série histórica, houve redução de 44% entre 2013 e 2023. Com esse resultado, Mato Grosso do Sul conquistou o sexto melhor desempenho nacional no último ano analisado pelo Atlas da Violência. O Espírito Santo lidera o ranking com uma redução de 96,6% nos casos de homicídios sem causa definida.

Até 2022, esse tipo de registro precário cresceu significativamente, até atingir o pico de 90 casos. No entanto, no ano seguinte, o número despencou para apenas 18, uma redução de 80% em relação ao auge.

Essa oscilação revela duas fases distintas: uma primeira etapa, entre 2013 e 2018, de números relativamente baixos e estáveis; e uma segunda, entre 2019 e 2022, de forte aumento. No último ano do levantamento, com maior atenção pública e institucional ao tema, os dados voltam a cair.

A redução expressiva coincide com a pressão exercida por pesquisadores do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsáveis pelo Atlas, que vêm destacando o problema da subnotificação. Com a publicação anual dos homicídios ocultos, estados passaram a revisar práticas de registro e investigação, o que refletiu em uma melhora dos dados.

Ao comparar os extremos da série, observa-se que Mato Grosso do Sul reduziu os homicídios ocultos em 44% entre 2013 (32 casos) e 2023 (18 casos). A queda é ainda mais significativa se tomada apenas a partir do ponto mais alto, com redução de 80% de um ano para o outro (2022–2023).

Em queda no registro precário, Mato Grosso do Sul teve o sexto melhor resultado no último ano investigado. O campeão em diferença foi o Espírito Santo, com -96,6% homicídios sem causa definida.

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