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Artes

Documentário sobre Hospital São Julião retrata arte como forma de reabilitação

O filme costura 84 anos de existência da instituição com a vida de uma mulher que atravessou oceanos

Por Thailla Torres | 11/08/2025 10:53


RESUMO

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Documentário retrata a história do Hospital São Julião, que utiliza a arte como forma de reabilitação para pacientes que sofrem com hanseníase. O filme, que será lançado dia 18, entrelaça os 84 anos da instituição com a trajetória de Irmã Sílvia Vecellio, figura central na história do hospital.Com imagens de arquivo, depoimentos e cenas atuais, o documentário mostra como música, poesia, teatro e escultura auxiliam na recuperação dos pacientes. A obra destaca a importância da arte na cura e na devolução da dignidade, além de homenagear a Irmã Sílvia e o ator Ney Latorraca, que deixou parte de sua herança para o hospital. O lançamento contará com a presença de Edi Botelho, companheiro de Latorraca.

Um hospital abriga histórias que não cabem em prontuários. São histórias de dor e de recomeço, de pessoas que chegaram marcadas pela hanseníase e encontraram, entre remédios e silêncio, também música, poesia, teatro, escultura. É nesse lugar, o Hospital São Julião, que o documentário Hospital São Julião: A Arte de Reabilitar Vidas encontra seu centro de gravidade e, de alguma forma, também a alma.

O filme, que será lançado na próxima segunda-feira (18), costura 84 anos de existência da instituição com a vida de uma mulher que atravessou oceanos para reconstruí-la: Irmã Sílvia Vecellio. Em preto e branco ou em cores, ela aparece como fio condutor de uma história em que cuidado e arte dividem o mesmo espaço.

São três episódios que alternam imagens de arquivo, depoimentos e cenas de hoje. O espectador vai do barulho de uma sapataria ao riso de um palhaço, das mãos de João Zumelho moldando esculturas ao som dos versos de Lino Villachá. Tudo dentro de um hospital que, mais que tratar feridas físicas, aprendeu a devolver dignidade e sentido.

Não é um filme sobre estatísticas ou protocolos médicos. É sobre o gesto de quem segura uma enxada no jardim para plantar flores num pátio onde antes havia isolamento. É sobre um grupo de voluntários que descobriu que também podia ser parte da cura. É sobre como a arte, em suas formas mais simples, pode cicatrizar.

O lançamento também será um ato de homenagem. Aos 94 anos, Irmã Sílvia verá o grande auditório do hospital ganhar o nome de Ney Latorraca ator que, antes de morrer, em dezembro de 2024, destinou parte da herança ao São Julião. Quem virá receber o tributo será Edi Botelho, escritor e diretor teatral, companheiro de Ney por quase três décadas.

Produzido pela Macro Vídeo, com coprodução da TBX Audiovisual e da Uaná Produções, o documentário tem financiamento da Lei Paulo Gustavo, da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura.

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