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Cidades

Em local de acidente com morte, sinalização não barra desrespeito ao pedestre

Deficiente visual morreu ao atravessar avenida, em agosto; pedestres também reclamam de carro obstruindo calçada

Silvia Frias e Clayton Neves | 01/12/2020 12:11
Faixa de pedestre foi pintada em trecho onde aconteceu acidente (Foto: Silas Lima)
Faixa de pedestre foi pintada em trecho onde aconteceu acidente (Foto: Silas Lima)

Pouco mais de três meses de atropelamento com morte em trecho da Avenida Guaicurus, moradores da região dizem que o medo de travessia insegura continua, mesmo com algumas mudanças na sinalização. Eles reclamam dos excessos cometidos pelos condutores.

“Não adianta ter placa, nem faixa, os carros não respeitam, só param quando tem quebra-molas ou semáforos”, disse o repositor Edmundo Gomes Vieira, 52 anos.

O trecho criticado fica no cruzamento da avenida Guaicurus com Rua Ângela Espíndola Queirós, no Jardim Colibri. Foi lá que, no dia 28 de agosto, Edson Carlos da Silva Carvalho foi atropelado e morreu, aos 54 anos. Edson tinha baixa visão e fazia uso do piso táctil para se locomover.

Atropelamento aconteceu em agosto, na Av. Guaicurus (Foto/Arquivo)
Atropelamento aconteceu em agosto, na Av. Guaicurus (Foto/Arquivo)

O condutor dirigia veículo Nissan Livina cor branca e relatou à polícia que trabalha em uma oficina próxima. Ele fazia um test drive.

No local, foram instaladas faixa de pedestres e placa de sinalização, mas, ainda insuficiente. Edmundo Vieira é pedestre e costuma percorrer o trecho para chegar ao ponto de ônibus, muitas vezes, em horário de pico. Ele prefere caminhar mais 200 metros para atravessar próximo ao quebra-molas.

Outro problema indicado por ele é que uma oficina mecânica próxima deixa Fusca estacionado na esquina, em cima do piso táctil, o que obriga o deficiente visual a ir para a rua, se expondo ao risco.

Esta também é reclamação de Rita Luz, que enviou a crítica no canal Direto das Ruas. Ela diz que colocaram faixa de pedestre e placas, mas a travessia na calçada é dificultada por dono de oficina mecânica, que estaciona carro.

O pizzaiolo Thiago Ferreira, 24 anos, trabalha na região e lembrou que tem cadeirante que

Edmundo Vieira amplia caminho em 200 m para atravessar em segurança (Foto: Silas Lima)
Edmundo Vieira amplia caminho em 200 m para atravessar em segurança (Foto: Silas Lima)

mora no bairro e já presenciou várias vezes a dificuldade em passar pela avenida e na calçada constantemente obstruída. “Desde a morte do Edson, não vi mudança nenhuma, pessoas não respeitam, passam rápido, é difícil”.

A dona de casa Antônia Viana, 53 anos, também diz que o Fusca atrapalha a passagem. “Faz uma era que o carro está lá, não sai de lá”.

O dono da oficina, de 37 anos, que não quis divulgar o nome, explicou que nunca recebeu reclamação sobre o veículo sobre o piso táctil. “Não sabia que estava atrapalhando”, justificou. Ele garantiu que irá retirar o Fusca “essa semana”.

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